A defesa de Augusto Frederico Ricci Volpato e de sua esposa, Julia Maria Assis Asckar Volpato, alvos da Operação Sepulcro Caiado, negou qualquer envolvimento do casal com o suposto esquema de fraudes que desviou mais de R$ 21 milhões da Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Em nota enviada à imprensa, o advogado Renan Serra afirmou que Augusto jamais à participou da administração da empresa de factoring da qual figura como sócio formal, dedicando-se exclusivamente à gestão rural de uma fazenda familiar. Já Julia, segundo a defesa, apenas recebeu valores transferidos por seu marido, dentro da normalidade da vida conjugal.
Ambos estariam colaborando com as investigações e afirmam desconhecer qualquer irregularidade. A manifestação ocorre em meio à repercussão da operação deflagrada nesta quarta-feira (30) pela Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, que cumpriu 11 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão.
A investigação revelou um esquema complexo de fraudes processuais envolvendo advogados, familiares e um servidor do TJMT, que já causou um prejuízo comprovado de R$ 11 milhões — podendo ultrapassar R$ 21 milhões, conforme o avanço das apurações. Como funcionava o golpe Segundo a Polícia Civil, o grupo, supostamente liderado por João Gustavo Ricci Volpato — ex-secretário municipal — montava ações judiciais fraudulentas utilizando dados de pessoas reais, sem que essas soubessem ou autorizassem a movimentação.
As ações eram ajuizadas por advogados ligados ao esquema, com base em dívidas antigas e de valores baixos. Nos processos, eram incluídos documentos falsos, como comprovantes de depósitos judiciais que jamais existiram.
Para legitimar as ações, contavam com a ajuda de servidores públicos do próprio TJMT, que manipulavam o sistema judicial e registravam os valores como quitados.
Esse procedimento dava aparência de legalidade às movimentações e permitia a liberação dos valores, que eram então sacados por integrantes do grupo. Em alguns casos, as vítimas tiveram contas bancárias bloqueadas judicialmente, mesmo sem terem qualquer relação com as ações.
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