O laudo psiquiátrico de Lumar Costa da Silva, que foi solicitado pelo Tribunal de Justiça, apontou que o acusado é portador de Transtorno Afetivo Bipolar Tipo I. O homem foi preso por ter arrancado o coração da própria tia, Maria Zélia Cosmos, em julho de 2019. Foi apontado ainda que existe a necessidade de tratamento por tempo indeterminado.
Consta no documento, juntado aos autos no dia 23 deste mês, que a perícia foi realizada em três dias sendo 19 e 27 de agosto e 2 de setembro, no Centro de Ressocialização de Sorriso (a 396 km de Cuiabá). Em uma das sessões com o psiquiatra Rafael De Paula Giusti, Lumar alegou que “sempre teve inveja das pessoas que tinham uma família saudável” e que durante a infância era agredido pela mãe, que diversas vezes batia a cabeça dele contra a parede.
De acordo com o laudo psquiátrico, no dia do crime, Lumar usou a substância LSD para que durante uma medicação ele pudesse "abrir o terceiro olho e ver tudo como tinha que ser visto". Ele afirmou ao médico que após usar a droga, foi até um restaurante e, no estabelecimento, as "vozes" na cabeça dele ficaram mais fortes e o incitavam para ir à residência tia.
Segundo Lumar, as vozes diziam que Maria era uma bruxa e que estava vendendo a alma dele. Durante a sessão, ele afirmou que diariamente costumava ouvir vozes, porém elas era fracas e pouco compreensíveis.
"Durante luta corporal, afirma ter caído sobre ela e com isso a faca perfurou suas costelas. Ficou desesperado, pensou em chamar polícia ou ambulância, mas a voz o mandou 'terminar com tudo isso'. Então, a golpeou mais uma vez", diz trecho do documento.
O médico Rafael apontou que Lumar não apresentava sinais de exaltação, nem estava deprimido. Ressaltou ainda que o acusado não apresentou sensibilização frente aos fatos ocorridos, confirmando, assim, os sintomas de Transtorno Afetivo Bipolar. Após o diagnóstico, o médico recomendou tratamento psquiátrico por tempo indeterminado.
"Não restam dúvidas de que o periciando padeça de Transtorno Afetivo Bipolar, conforme descrito anteriormente. E é inevitável considerar que o fato do periciando ter feito uso de substâncias alucinógenas no dia do crime contribuiu para agravamento do quadro do humor e desenvolvimento dos sintomas psicóticos relatados", reforçou o médico.
Entenda o caso
Maria Zélia foi assassinada no dia 2 de julho de 2019, dentro de sua residência, na cidade de Sorriso. De acordo com a Polícia Civil, Lumar teria esfaqueado a vítima e, em seguida, cortado o tórax de Maria e arrancado seu coração. Depois do crime, o suspeito ainda levou o órgão para a filha da vítima. Peritos da Politec apontam que a tia de Lumar teve seu coração arrancado enquanto ainda estava viva.
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