Foram identificados os sete alvos da Operação Cenário Montado, deflagrada nesta terça-feira (16), contra um esquema de fraudes em licitações na Prefeitura de Barra do Garças (500 km de Cuiabá).
Os sete foram alvo de ordens de prisão preventiva expedidas pela 2ª Vara Criminal de Barra do Garças. As 30 ordens judiciais são cumpridas no município mato-grossense e nas cidades goianas de Aparecida de Goiânia e Aragoiânia
Veja os nomes dos presos: Adenir Pinto da Silva; Lucimar Teixeira da Silva; Rodrigo Mendes Moreira; Luciana Costa da Silva; Tayara Félix Alves Cardoso; Paulo Henrique de Freitas Pinto e Elcio Mendes da Silva.
Ao todo, são cumpridas 30 ordens judiciais. Além dos mandados de prisão, há sete ordens de busca e apreensão, quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático, suspensão de atividades econômicas de duas empresas e sequestro de valores superiores a R$ 4,2 milhões.
Conforme a Polícia Civil, há um esquema estruturado para fraudar licitações públicas, tendo como vítima a Prefeitura de Barra do Garças.
O esquema tem indícios de superfaturamento, direcionamento, uso de empresas de fachada, associação criminosa e corrupção. Empresários, funcionários dessas empresas e servidores públicos estão envolvidos.
De acordo com a polícia, em um pregão eletrônico de Barra do Garças foram constatados indícios de subcontratação integral irregular, execução contratual simulada e continuidade dos serviços por empresas ligadas a grupos já sancionados judicialmente.
O nome da operação, chamada de "Cenário Montado", é uma alusão ao esquema fraudulento em que empresas de fachada simulavam concorrência em licitações públicas.
INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES
As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças, iniciaram em janeiro de 2025, inicialmente com o objetivo de apurar um esquema de fraudes em licitações no município de Pontal do Araguaia, após informações levantadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O esquema, realizado por meio de empresas do setor de produção de eventos e shows, era utilizado para fraudar processos licitatórios, que deram origem a Atas de Registro de Preços utilizadas de forma reiterada por diversos municípios, por meio de adesões (“caronas”), com valores expressivos e indícios de direcionamento e simulação de concorrência.
Somente nesses três pregões investigados em Pontal do Araguaia, os valores globais alcançaram aproximadamente R$ 25,8 milhões, com possibilidade legal de adesões que poderiam atingir, em tese, até R$ 51,7 milhões, considerando o limite máximo de 200% previsto na legislação.
Com o avanço das investigações, constatou-se que o mesmo padrão fraudulento teria sido replicado em outros municípios da região, incluindo Barra do Garças, por meio de adesões a atas originadas em Pontal do Araguaia.
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