A mãe e a irmã do advogado Rodrigo da Costa Ribeiro, preso no âmbito da Operação Efatá, contestaram publicamente as acusações de agressões que constam em registros policiais citados como parte do histórico analisado pela Polícia Civil de Mato Grosso. Em declarações ao Hipernotícias, ambas afirmam que os episódios relatados nos boletins de ocorrência não correspondem à realidade e classificam as denúncias como “inverdades” e “exageros”.
Rodrigo é investigado por suposta ligação com o Comando Vermelho e teve a prisão preventiva decretada, decisão que levou em consideração, entre outros elementos, registros de violência doméstica. A família, no entanto, sustenta que nunca houve agressões contra a mãe nem contra mulheres com quem o advogado manteve relacionamento.
“Jamais faria um B.O contra o meu filho, isso nunca aconteceu. Ele nunca espancou ninguém, nunca mexeu com mulher nenhuma”, afirmou Maírce
Antônia Silva Ribeiro, mãe do advogado. Visivelmente abalada, ela disse estar “muito triste” com o que considera uma distorção dos fatos. “Para mim está doendo muito ouvir essas coisas. Estão inventando”, declarou.
Um dos registros citados pela polícia refere-se a um boletim de 2020, no qual a comunicante teria relatado supostas agressões psicológicas praticadas pelo filho.
Segundo a família, esse episódio não existiu. “Esse registro pode ser desconsiderado, porque não existe”, reforçou a irmã do advogado, Maira da Costa Ribeiro, de 44 anos.
Sobre outro caso, envolvendo uma ex-companheira identificada como Aleciane Suelyn, que relatou dores e lesões, a irmã reconhece que houve um desentendimento, mas nega agressão. Segundo ela, Rodrigo apenas teria contido a mulher durante uma discussão.
“O que aconteceu foi que ele segurou ela pelos braços porque ela estava agredindo ele. Ela tem problema no rim, então depois alegou dores. Isso foi usado para acusá-lo”, disse.
A irmã também afirmou que, após o episódio, Rodrigo teria se afastado e permanecido na casa da mãe, alegando que a ex-companheira continuava tentando contato. “Quando uma pessoa realmente agredida vai atrás de quem a agrediu?”, questionou.
Nas declarações, a família também atribui parte da repercussão negativa a conflitos anteriores do advogado, inclusive um episódio recente envolvendo um delegado, ocorrido em um condomínio de Cuiabá. Segundo a mãe, houve apenas uma discussão.
“O delegado empurrou o Rodrigo e ele caiu. Depois disso, tudo começou. Para mim, há perseguição”, afirmou.
Maírce descreve o filho como uma pessoa reservada, de poucas amizades, e nega qualquer comportamento violento ao longo da vida. “Fiquei viúva quando ele tinha seis anos. Eu e minha mãe o criamos. Nunca houve agressão dentro da nossa casa”, relatou.
As acusações contestadas pela família integram o conjunto de elementos citados pela Polícia Civil e pelo Judiciário para justificar a manutenção da prisão preventiva, além de provas relacionadas à investigação principal da Operação Efatá. As autoridades sustentam que os registros ajudam a demonstrar risco à ordem pública, tese que é rejeitada pelos familiares.
A reportagem reforça que as declarações da mãe e da irmã representam a versão da defesa familiar e que as acusações seguem em apuração no âmbito judicial, com garantia do contraditório e da ampla defesa.
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