A advogada Sheyla Barros, mãe de Viviane Fidélis, de 30 anos, encontrada morta em seu apartamento no Bosque da Saúde, em Cuiabá, disse com exclusividade ao HNT TV Entrevista que o pai do arquiteto Raphael Campos, ex-namorado da sua filha, ligou para o seu celular negando que o filho esteve na casa de Viviane no momento em que o corpo foi localizado.
Porém, o circuito de segurança do Residencial Acácias indica o contrário. As imagens mostram Raphael subindo para o apartamento e o depoimento da vizinha de porta de Viviane, que autorizou a entrada do ex-namorado, afirma que ele não só esteve no imóvel, como mexeu no corpo da jovem.
Se o cara fala que ele mexeu no corpo e o pai está falando que o filho não subiu, tem coisa errada nisso
"A única coisa que tem contra o Raphael é que ele mexeu no corpo", falou Sheyla ao podcast, narrando a declaração do perito da Politec à família como um dos pontos do caso que o colocam como possível suspeito.
CONTRADIÇÃO
A ligação do pai de Raphael gerou uma contradição diante de um momento delicado: Sheyla havia acabado de receber a notícia sobre a morte de Viviane.
O óbito ocorreu no dia 17 de setembro, uma quarta-feira. O corpo foi localizado no dia 18, mais de 48 horas após a última vez que Sheyla havia conversado com a filha. A mãe chegou a enviar mensagens no WhatsApp que foram visualizadas, mas nunca respondidas pela jovem.
A suspeita inicial é que Viviane tenha cometido suicídio por enforcamento, utilizando um cinto. A jovem teria se prendido a porta do banheiro. Essa versão consta no laudo do apartamento feito pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Mas após contestações da família, um inquérito foi instaurado e o status mudou para "morte a esclarecer".
LAUDO CONFIRMA MOVIMENTAÇÃO DO CORPO
Um dos pontos questionados pela família à Polícia Civil é a alteração do local do corpo
Um dos pontos questionados pela família à Polícia Civil é a alteração do local do corpo. A reportagem obteve acesso ao laudo. O documento destaca que "conhecidos da vítima tentaram socorrê-la, retirando a extremidade amarrada ao trinco da porta". Ou seja, o cinto usado para laçar Viviane à porta, foi retirado do pescoço e o seu corpo movimentado.
"Aí a gente já começou a falar: 'Se o cara fala que ele mexeu no corpo e o pai está falando que o filho não subiu, tem coisa errada nisso aí, né?", disparou Sheyla.
EXUMAÇÃO
Após o enterro, a família de Viviane deu início a uma via sacra, investigando a morte em paralelo a polícia e descobriram falhas nos autos. Uma delas foi a ausência do exame toxicológico. O corpo de Viviane foi exumado depois de 33 dias para a execução do teste. Em seguida, o Ministério Público embarca no caso e a promotoria ingressa com o pedido de novas diligências, incluindo uma segunda necropsia, laudo que ainda não foi concluído pela Politec.
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CVV: Ligue 188 e busque ajuda
Caso você ou alguém que conheça está passando por momentos de angústia ou ansiedade há outras procure o Centro de Valorização da Vida (CVV). O atendimento é gratuito e a conversa é sob total sigilo. Ligue 188 (ligação gratuita) ou acesse o site oficial e converse com um atendente.
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