Os três delegados da Polícia Civil que foram convidados pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (ALMT) confirmaram ao HiperNotícias que prestarão depoimento na Casa de Leis sobre a denúncia do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Ele acusa o governador Mauro Mendes (DEM) de utilizar a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção em Mato Grosso (Deccor) para prejudicá-lo politicamente.
Reprodução
Do lado direito, o delegado Flávio Henrique Stringueta e o delegado Anderson Clayton da Cruz e Veiga, do lado esquerdo
Irão ao legislativo mato-grossense o delegado Flávio Stringueta, Anderson Clayton da Cruz e Veiga e Lindomar Aparecido Tófoli. As autoridades policiais deverão responder questionamentos dos membros da comissão, que é formada pelos deputados João Batista (PROS), Delegado Claudinei (PSL), Elizeu Nascimento (PSL) e Ulisses Moraes (PSL).
“Sim, não há nenhum problema em ir à Assembleia. Tenho respeito pela Casa. Um convite da Assembleia é um chamamento. Irei com prazer para falar sobre qualquer assunto. Com tranquilidade”, disse Veiga.
Os delegados foram convidados pela comissão na terça-feira (17) durante audiência pública na Casa de Leis. Na ocasião, todos os integrantes foram favoráveis ao chamamento.
Prefeito também pode ser convidado
Na manhã desta quarta-feira (18), João Batista cogitou a possibilidade de Emanuel ser chamado para prestar esclarecimentos sobre a denúncia.
Entretanto, João Batista condicionou a ida do prefeito à Assembleia aos depoimentos dos delegados. O parlamentar explicou que as oitivas dos policiais serão analisadas e que caso a comissão ache necessário Emanuel deverá ser convidado.
“(o convite ao prefeito Emanuel Pinheiro) Vai depender muito do que for falado por esses três delegados no dia 14 de setembro aqui na Assembleia Legislativa”, disse o parlamentar.
Delegados serão ouvidos na Corregedoria
Além de falar sobre a denúncia na Assembleia Legislativa, os delegados também serão ouvidos na Corregedoria da Polícia Civil.
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Flávio Stringueta deverá comparecer à Corregedoria no dia 24 de agosto, dois dias antes de Tófoli. Já Anderson Veiga deverá comparecer à unidade policial no dia 27.
Os três delegados notificados pela Corregedoria já foram afastados de suas funções. Stringueta era titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), mas foi exonerado da função após fazer críticas ao Ministério Público em um artigo de opinião.
Já Tófoli e Veiga foram afastados em 2019 da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), após uma denúncia de Emanuel que trazia elementos de que a unidade policial, que fica anexo à Deccor, também estaria sendo usada para uso político.
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