O candidato a vice-prefeito de Porto Esperidião (320 km de Cuiabá), Ronaldo Mandela (Republicanos), fez um pix de R$ 11 mil para tentar salvar a vida da correligionária, Rayane Alves Porto, de 28 anos, sequestrada pelo Comando Vermelho (CV) e assassinada junto da irmã, Rithiele Alves Porto, no último sábado (14), no município.
Segundo o depoimento de uma das vítimas, que conseguiu fugir e sobreviveu ao ataque, Rayane fez uma ligação para o candidato a prefeito da cidade, Hercules da Saúde (PSD), para pedir R$ 100 mil a título de resgate. No entanto, o documento não detalha se o político atendeu à ligação. Mandela, por sua vez, conseguiu enviar parte do dinheiro solicitado. Mesmo assim, não foi suficiente para salvar a vida de Rayane e da irmã.
Ainda conforme o depoimento do sobrevivente, à medida que o mandante do crime, uma das lideranças do CV, identificado apenas como ‘Véio’, não conseguia o dinheiro, as agressões se intensificavam.
“QUE a RAYANE fez uma ligação do celular pessoal dela para o HERCULES (candidato a prefeito de Porto Espiridião), QUE depois ligaram para o MANDELA e esse conseguiu depositar 11 mil, QUE a medida que não conseguia o dinheiro as agressões iam aumentando e que percebeu que as meninas pararam de grita”, diz trecho do interrogatório.
Ainda no relato, o rapaz contou que ‘Véio’ fazia falas desconexas e acusava Rayane de querer ‘tirar o poder’ dele por ser candidata a vereadora no município.
“QUE o VEIO falava algumas coisas sem sentido que o pessoal era ligado ao PCC e que a VEREADORA queria tomar o poder dele”, traz outro trecho.
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O CRIME
Rayane e Rithiele foram sequestradas quando estavam no Festival de Pesca no município. Além das irmãs, outros dois rapazes também foram raptados. Um deles conseguiu fugir antes de ser morto ou ferido pelos criminosos, mas o outro teve um dedo mutilado e uma das orelhas arrancadas.
A ordem de execução partiu de ‘Véio’ devido a uma foto publicada nas redes sociais pelas irmãs, em que aparecem fazendo um sinal com o número três em alusão, supostamente, à facção criminosa Primeiro Comando Capital (PCC), rival do Comando Vermelho.
Pelo crime, dez pessoas foram detidas, sendo seis maiores de idade e quatro menores. Dos maiores, quatro tiveram as prisões mantidas em audiência de custódia realizada no domingo (15).
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