A onda de violência que teve início no fim de semana na cidade de Londres continua se espalhando nesta segunda-feira. Relatos da imprensa inglesa dão conta de que o bairro de Croydon também virou foco de protestos e tem prédios em chamas.
Segundo o jornal local "Croydon Guardian", manifestantes colocaram fogo em um edifício do bairro neste terceiro dia da onda de violência que assola a capital inglesa.
Imagens divulgadas pela rede CNN mostravam que os bombeiros estavam com dificuldades para controlar as chamas, que já se espalhavam a ao menos um prédio vizinho.
Estabelecimentos comerciais no bairro também foram alvo dos protestos, incluindo lojas de móveis e de instrumentos musicais.
Relatos do "Croydon Guardian" afirmavam ainda que um ônibus havia sido incendiado na região por uma multidão de jovens que ficaram assistindo ao veículo queimar.
A ministra do Interior britânica, Theresa May, disse que os causadores destes distúrbios são criminosos e prometeu que os responsáveis serão levados à Justiça.
Até o momento, 215 pessoas já foram detidas por causa dos distúrbios que se propagaram por vários bairros de Londres.
PROTESTOS
A Polícia Metropolitana de Londres (conhecida como Scotland Yard) disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, 29. A vítima seria pai de quatro filhos e popular na comunidade em que vivia.
Os protestos sobre a morte de Duggan, que foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas na quinta-feira, foi pacífico inicialmente. Mas no sábado cerca de 500 pessoas se reuniram em frente à polícia em Tottenham. Alguns manifestantes jogaram garrafas com gasolinas enquanto outros enfrentaram os policiais com tacos de beisebol.
Duggan foi morto após ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Os policiais não divulgaram detalhes do suposto tiroteio, em que um policial também foi ferido à bala, mas prometeram uma investigação.
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