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Justiça Quinta-feira, 07 de Julho de 2016, 16:15 - A | A

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Quinta-feira, 07 de Julho de 2016, 16h:15 - A | A

JÚRI POPULAR

Testemunha conta que ouviu Rubens conversando com comparsa sobre morte de Auro

JESSICA BACHEGA/RENAN MARCEL

O Tribunal do Júri realiza na tarde desta quinta-feira (07) o julgamento de Rubens Alves de Lima, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Auro Ida. Para o Ministério Público do Estado (MPE), o crime ocorrido em 21 julho de 2011 teve motivação passional.

 

imagem da internet

auro ida

Jornalista Auro Ida foi assassinado com seis tiros em 2011

Na época, Ida estaria se relacionando com Bianca Nayara Corrêa, ex-mulher de Rubens Lima. A morte do jornalista teria sido encomendada pelo valor de R$ 1,5 mil. Também foram acusados de participação no crime Evair Arantes e Alessandro Silva da Paz. Ambos já foram condenados a mais de 15 anos de prisão.

 

A defesa de Rubens argumenta que não há provas que incriminem seu cliente e as acusações estão baseadas apenas no que relatam as testemunhas do relacionamento de Bianca com Auro Ida. "Ele [o jornalista] saia com muitas meninas, a culpa recaiu sobre meu cliente porque a pessoa com quem Auro estava no momento era sua ex-companheira, mas pode ter sido qualquer pessoa", disse o advogado.

 

Auro Ida foi assassinado com seis tiros, dentro do carro, quando levava a namorada para casa, no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá. De acordo com os autos do processo, o executor teria pedido para a moça sair do veículo para que não fosse atingida pelos disparos. A promotora Marcelli Rodrigues enfatiza que há registros de ligações que levam ao acusado e o colocam como o principal suspeito de ter assassinado o jornalista. "O inquerito é robusto e há provas que levam até o acusado como autor do crime", disse a representante do MPE.

 

O ciúme do relacionamento de Bianca foi, segundo o MPE, o principal motivo para a execução, mas não o único. Conforme a promotora, Rubens não queria dividir os bens com ex-mulher e o jornalista Auro Ida estaria ajudando Bianca nesse processo, com advogados para representar a namorada.

 

PRIMEIRA TESTEMUNHA 

Bianca foi a primeira testemunha chamada pela juíza Monica Catarina Perry. Ela contou que teve um relacionamento de quatro anos com Rubens, que começou tranquilo, mas que teve desavenças “como todo casal”. O relacionamento acabou após uma briga entre os dois. Na ocasião, Rubens teria ameaçado Bianca com uma faca.

 

Após o término com Rubens, Bianca conta que passou a se relacionar com Auro Ida, com que esteve junto por um mês. Ao júri ela revelou que ficou com o jornalista por motivos financeiros. Relatou que Rubens queria que ela terminasse com Auro Ida e voltasse a se relacionar com ele. Porém, ela não queria terminar com a vítima porque ele bancava as despesas dela. Bianca disse que ela não iria terminar com Auro enquanto não obtivesse os bens materiais que ela pretendia.

 

Questionada sobre as ligações telefônicas de Rubens para ela, Bianca disse que não se lembrava delas e foi contestada pela magistrada que conduz o julgamento. Segundo Perry, o extrato dos registros telefônicos mostra que foram pelo menos 408 ligações. “Você tem memória fraca não é, para uma moça tão jovem", disse a juíza. Sob pressão, Bianca ainda confirmou que o então ex-marido possuía uma arma.

 

Sobre o dia do crime, Bianca disse que ela e Auro Ida estavam em frente a sua casa, dentro do carro, após terem ido ao shopping. De repente um rapaz se aproximou da bicicleta e mandou que ela saísse do veículo e fosse para dentro de casa. O rapaz estava armado com uma pistola prata e quando ela entrou para a casa, foram efetuados os disparos. Ela afimou que não tinha certeza, mas achava que o autor dos disparos era conhecido como "baby". Naquele mesmo dia ela teria recebido uma ligação do ex-marido, Rubes. Ele perguntou onde ela estava e com quem e ela o respondeu.

 

O MPE questionou a testemunha se ela reatou o relacionamento com Rubens após o assassinato do jornalista. Bianca afirma que não reatou, mas diz que eles se encontraram por algumas vezes e Rubens tinha acesso livre a sua casa.

 

Ao advogado de defesa de Rubens, Luciano Augusto Neves, Bianca disse que reconheceu o suspeito do crime, com 70% de certeza. Porém, em juizo, a moça disse que não tem certeza se era mesmo o suspeito, "até hoje eu não tenho certeza", disse. Indagada sobre a vida afetiva de Auro, ela confirmou que ele se envolvia com muitas meninas no bairro, inclusive menores, mas que só soube depois do crime, pois namoraram por pouco tempo.

 

Um dos jurados questionou quanto tempo se passou entre o termino do relacionamento com Rubens e a morte de Auro. Bianca respondeu que foram menos de 15 dias. Sem mais questionamentos para Bianca, ela se retirou da sala do júri.

 

"ELE FOI AVISADO"

Segunda testemunha a ser interrogada no júri popular, Vânia Soares Lucena afirmou que conhecia Auro Ida há 11 anos. Revelou que o jornalista conheceu Bianca em sua casa e, por conta disso, foi questionada por Rubens, ex-marido de Bianca e acusado de ser o mandante do crime.  Vânia relatou também que Auro Ida havia sido avisado para que não fosse mais ao bairro, pois "sua cabeça iria rolar". E afirmou que o jornalista costumava presentear as namoradas e teria dado uma motocicleta para a ex-companheira Pâmela, que depois se casou com Rafael, conhecido de Rubens. Vânia também disse que se afastou de Ida após ser pressionada por Rubens.

 

AJUDA FINANCEIRA 

 

Ex-namorada de Auro Ida, em um relacionamento que durou quatro anos, Pâmela Cristina Bastos foi a terceira testemunha a ser interrogada. Pâmela relatou que a vitima sustentava ela e a mãe, mesmo após o fim do relacionamento. "Desde que terminei com ele não tivemos mais contato, ele falava muito com minha mãe, porque a judava no tratamento de saúde", disse. Pâmela informou que a vítima depositava entre R$200 e R$300 por mês para a mãe.

 

 Afirmou ainda que, no período em que estiveram juntos, o jornalista se disse perseguido profissionalmente, mas nunca mencionou nomes. Após o fim do namoro, ela passou a namorar Rafael, com quem está casada. Rafael foi envolvido no crime. Na época,e ele tinha 17 anos e foi preso no socioeducativo. A defesa de Rubens diz que o relacionamento entre Pâmela e Auro começou quando ela tinha 14 anos. O juri não fez perguntas e a ex-namorada da vítima foi liberada.

 

"O MARMOTA ESTÁ VINDO"

A quarta testemunha a depor foi Amanda Soares, que disse conhecer Rubens como proprietário de uma lan house. Ela contou que ficou sabendo que Auro foi assassinado em frente à casa de Bianca e que ouviu falar que ele se relacionava com meninas do bairro e isso teria motivado sua execução. Disse que ouviu falar que o autor do homicídio se chamava 'Baby', mas não tem certeza nem sabe de detalhes.

  

Amanda era amiga de Bianca e relatou que ela tinha terminado com Rubens por conta de brigas. Amanda revelou que que ouviu Rubens dizer ao telefone "fica esperto que o Marmota está vindo" e logo foi avisar Bianca, pois deduziu que se tratava de alguém indo atras de Auro Ida, que já estava mantendo um relacionamento com Bianca.

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