O ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a prisão preventiva do ‘personal trainer’ Ygor Vinícios Silva Araújo, preso pela segunda vez em Cuiabá em maio. Ele é apontado como integrante de organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (18).
A defesa alegava ausência de contemporaneidade entre os fatos investigados, supostamente encerrados em junho de 2024, e a decretação da prisão, quase um ano depois. Também argumentava excesso de prazo na segregação cautelar, já que a denúncia foi oferecida em agosto de 2025, mas ainda aguardava o despacho de recebimento pelo juízo de primeiro grau.
No entanto, o relator destacou que a investigação, iniciada com representação policial em fevereiro de 2025, revelou condutas de caráter permanente e articulação criminosa estruturada. Segundo os autos, Ygor seria um dos principais operadores do esquema, responsável por negociar remessas semanais de 5 a 10 quilos de drogas, utilizando empresas de fachada, contas de terceiros e linguagem cifrada.
“Não se identifica constrangimento ilegal por excesso de prazo”, afirmou o ministro, ressaltando a gravidade dos fatos e o risco concreto de reiteração criminosa. Ele também rejeitou o argumento de que a ausência de drogas na residência do acusado descaracterizaria o crime, apontando que interceptações comprovam seu papel central na organização.
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Ygor foi preso durante a Operação Maximus 2, deflagrada pela Polícia Civil em junho de 2024. Ele foi localizado em uma academia na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, onde tentou fugir da abordagem policial. Na busca em sua residência, os policiais encontraram cerca de 700 gramas de skunk (supermaconha), além de balanças de precisão, plásticos e sacos zip-lock usados para fracionar e comercializar drogas. Apesar de se apresentar como personal trainer, não possuía registro profissional no Conselho Regional de Educação Física, já tendo sido autuado em 2019 por exercício ilegal da profissão.
Já em maio de 2025, o ele foi preso novamente, desta vez em sua casa, no Porto, em Cuiabá, durante as Operações Personal e Vertigem, que investigavam tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação foi resultado de desdobramentos da Maximus 2, revelando que ele continuava atuando como liderança da organização criminosa. Na ocasião, foram apreendidos anabolizantes e seu celular, cujo acesso ele se recusou a fornecer.
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