Nesta segunda-feira (28), o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia contra o advogado Nauder Júnior Alves Andrade, de 28 anos, por tentativa de homicídio contra a sua namorada, a engenheira E.T.M., ocorrida no último dia 18, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. O órgão também aguarda manifestação judicial a respeito do seu pedido sobre a manutenção da prisão do jurista, feito há uma semana.
No documento em que pleiteiou a instauração da ação penal também por ameaça e cárcere privado, o promotor de Justiça Jaime Romaquelli pediu que as qualificadoras de motivo fútil, de recurso que dificultou a defesa da vítima e de feminícidio sejam consideradas pela juíza Ana Graziela Vaz, da 1ª Vara de Violência Doméstica da Capital, em uma eventual condenação.
Nauder foi preso no mesmo dia em que espancou a namorada, após ela recusar manter relação sexual com ele. A relação de 12 anos entre o advogado e a vítima sempre foi marcada por episódios conturbados, por conta do comportamento agressivo dele e por ele usar entorpecentes, o que ocorreu inclusive antes de ele cometer o crime, segundo narrativa do MPE.
LEIA MAIS: Advogado é preso acusado de espancar namorada com barra de ferro até ficar desacordada
“O crime foi cometido sem que existisse qualquer motivação relevante para tal, meio a discussão banal provocada pelo denunciado, agindo, portanto, impelido por motivo fútil. O denunciado agrediu a vítima repentina e inesperadamente, num momento em que ela estava dormindo, dificultando esboçar qualquer gesto eficiente de defesa”, descreveu o órgão no documento.
A vítima chegou a ficar desacordada após ser brutalmente agredida com socos, chutes e golpes com uma barra de ferro pelo agressor. O homem foi preso em uma clínica de recuperação para dependentes químicos, em Chapada dos Guimarães (68 km de Cuiabá).
MANUTENÇÃO DA PRISÃO
O MPE ainda pediu que a prisão de Nauder, decretada no dia 19 deste mês pela juíza Glenda Moreira Borges, seja mantida. Ao solicitar a suspensão da medida, a defesa do acusado citou a dependência de entorpecentes e enfatizou a necessidade do encaminhamento de Nauder para uma clínica de reabilitação.
Entretanto, o MPE apontou que o vício do acusado vem desde 2011 e, apesar de já ter sido internado duas vezes em clínicas especializadas, “até o momento não teve qualquer interesse concreto em aderir ao adequado tratamento clínico”.
“Ao que se percebe, o acusado, agora, propõe se internar para tratamento apenas com o objetivo de obter liberdade, pois, conforme relatado pela vítima, já tentou em outras oportunidades e não teve interesse em prosseguir com o tratamento. Não há, porém, nenhuma urgência na adoção de tal medida, que há mais de 10 anos vem sendo protelada pelo requerente. Ademais, enquanto estiver preso estará afastado das drogas”, diz trecho do manifesto.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
