O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, o agravo regimental interposto por Webster Venancio Campos, que buscava a extensão de liberdade provisória concedida a outros réus no mesmo processo. Webster, preso preventivamente durante a Operação Tarântula, em 2022, é acusado de integrar uma organização criminosa envolvida em furtar carros de luxo em Cuiabá e Várzea Grande e revendê-los em locais como a fronteira do Brasil com a Bolívia.
Entre os crimes pelos quais ele é acusado estão estelionato qualificado por fraude eletrônica, uso de documento falso e adulteração de sinal identificador de veículo.
O relator do caso, Ministro Ribeiro Dantas, destacou que, apesar de outros envolvidos no caso, como Alex José e Alex Junior, terem obtido liberdade provisória, a situação de Webster é diferente. O agravante possui um histórico criminal mais acentuado e desempenhava um papel mais proeminente dentro da organização, participando de diversos núcleos e atividades delituosas. Por esse motivo, a Corte entendeu que não havia identidade fático-processual que justificasse a extensão do benefício a Campos.
“No caso, o ora agravante tem, além de histórico criminal particularmente acentuado, envolvimento considerado proeminente e mais gravoso dentro da organização criminosa, na medida em que integrava mais núcleos da organização criminosa e participava de mais atividades delituosas, quando comparado aos corréus Alex José e Alex Junior, os quais foram beneficiados com liberdade provisória”, destacou o ministro.
Em março de 2024, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, já havia mantido a prisão de Webster pelos mesmos motivos. Na época da decisão, o juiz lembrou que o acusado teria aliciado adolescentes para agirem como atravessadores de carros roubados para a Bolívia.
OPERAÇÃO TARÂNTULA
Em setembro de 2022, a Polícia Civil lançou a Operação Tarântula para desmantelar uma organização criminosa responsável por furtos de veículos em condomínios de luxo em Cuiabá e Várzea Grande.
A operação resultou na prisão preventiva de vários suspeitos, incluindo Webster Venancio Campos, e cumpriu mais de 50 mandados de prisão e busca e apreensão, com o objetivo de combater o roubo e furto de veículos em residenciais de alto padrão.
Em 2017, Webster já havia sido preso em flagrante pelos crimes de receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, uso de documento falso e associação criminosa, após ser pego em um Jeep Renegade com placa clonada.
Em junho de 2022, Webster pagou fiança de R$ 12 mil para se livrar de prisão em flagrante após ser pego em Mirassol D'Oeste com uma Hilux roubada em Cuiabá.
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