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Justiça Terça-feira, 10 de Maio de 2022, 16:58 - A | A

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Terça-feira, 10 de Maio de 2022, 16h:58 - A | A

ARQUITETA INTELECTUAL

Justiça mantém prisão de empresária que mandou matar marido para ficar com herança

Juiz pontuou que as três filhas de Ana Cláudia estão sob os cuidados da avó materna e recebendo acompanhamento com profissionais de saúde

AMANDA DIVINA
Da redação

O juiz Flávio Miraglia Fernandes negou liberdade à empresária Ana Cláudia Flor, acusada de mandar matar o próprio marido para ficar com a herança, nesta terça-feira (10). A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. Entretanto, o magistrado alegou que a mulher não reuniu elementos necessários à concessão da prisão domiciliar.

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ANA E TONI

 

De acordo com o magistrado, Ana Cláudia foi a arquiteta intelectual do assassinato do marido e que usou de artimanhas para ter acesso às investigações policiais da morte de Toni Flor.

A defesa da empresária sustenta que o juiz Flávio Miraglia foi omisso quanto ao pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias. No início de março, os advogados apelaram à Justiça citando problemas psicológicos graves sofridos por uma das três filhas menores de idade da ré. 

Entretanto, o juiz Flávio pontuou que as três filhas de Ana Cláudia estão sob os cuidados da avó materna e estão recebendo acompanhamento com profissionais da saúde.

"Além do periculum libertatis ostentado por Ana Claudia, a mesma não reúne elementos necessários à cautelar requerida, e é de fácil constatação que as crianças não estão desguarnecidas de cuidados, muito pelo contrário, estão assistidas pela avó materna que vem cumprindo com zelo o múnus, haja vista os informes de que as menores estão passando por acompanhamento com profissionais da saúde", afirmou o magistrado.

RETIRADA COMO HERDEIRA

As três filhas da empresária Ana Cláudia recorreram à Justiça para que a mãe seja excluída do recebimento de bens deixados por Toni Flor. Toni e Ana Claudia estavam casados há 15 anos. O casamento, no entanto, vinha passando por conturbações por conta dos relacionamentos extraconjugais de Ana Cláudia. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Com receio de perder a herança,  Ana Cláudia, segundo o Ministério Público (MPMT), teve a ideia de assassinar o marido e contou sobre a intenção para a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva. Entretanto, Ana teria dito que sofria violência doméstica. 

De acordo com a defesa das filhas da empresária, "está claro que a requerida praticou ato indigno, sendo a medida que se impõe, portanto, a declaração da indignidade por sentença judicial a fim de excluí-la da sucessão do de cujus". Ressaltou ainda que uma casa estava vendida e que um carro Toyota Corolla já havia sido negociado.

INVESTIGAÇÃO

Durante a investigação da Polícia Civil, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil aos contratados. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.

Depois de saber sobre o intuito de Ana, Ediane passou o contato de Wellington Honório para a esposa da vítima e ambos combinaram a morte de Toni pelo valor de R$ 60 mil. Logo depois, Wellington contou sobre o crime a Dieliton Mota da Silva, 25 anos, e os dois contrataram Igor Espinosa para cometer o crime.

Igor cumpriu o combinado e executou Toni com quatro tiros em frente a uma academia no bairro Santa Marta, em Cuiabá. Após o crime, ele recebeu o valor de R$ 20 mil e mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Entretanto, Wellington e Dieliton não receberam o valor combinado.

 

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