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Justiça Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 14:20 - A | A

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Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 14h:20 - A | A

MONSTRO DE SORRISO

Promotor diz que chacina foi diabólica com requintes de perversidade e crueldade; acompanhe

Gilberto confessou ter estuprado e assassinado Cleci Calvi e suas três filhas em 2023; expectativa é que sentença seja proferida ainda hoje

ANDRÉ ALVES
Da Redação

14h20 - O promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino chamou Gilberto dos Anjos de “monstro de Sorriso” e afirmou que ele executou um “plano diabólico com requintes de perversidade e crueldade”. Em sua fala de acusação, ele afirmou que “o grito de justiça há de prevalecer”. Pipino declarou que o julgamento não era apenas de um crime, mas de um ataque à civilização de um “ser demoníaco”.

A acusação detalhou a entrada do acusado pela janela do lavabo e relatou que a mãe Cleci lutou com “muita dor e sofrimento” antes de ser morta. As filhas mais velhas também tentaram intervir, mas foram atacadas ao correrem para a suíte e tentarem fugir para pedir ajuda. Gilberto deixou a casa com calma após lavar os chinelos na cozinha.

12:10 -  A defesa comunicou ao juiz que Gilberto dos Anjos não prestará depoimento nem acompanhará o restante da sessão. A última testemunha prevista para ser ouvida no julgamento foi dispensada. O plenário foi suspenso e os trabalhos serão retomados às 13h15 para a fase de debates.   

11h37 - O investigador Márcio Coutinho Scardua relatou, segurando as lágrimas, as primeiras diligências no local do crime. Segundo ele, ao chegar à residência com o colega Willian, ambos se depararam com uma “situação terrível”. Eles seguiram até uma obra ao lado em busca de pistas e, ao conversarem com os trabalhadores, encontraram Gilberto, que morava no local e se fez de “desentendido”.

De acordo com seu testemunho, ao acompanhar os policiais até o contêiner onde dormia, Gilberto revelou uma vista direta para a casa das vítimas, mas negou ter ouvido ou visto algo. A postura dele levantou suspeitas. Ao verificar os documentos do suspeito, os policiais descobriram que havia um mandado de prisão em aberto contra ele por estupro. Segundo Márcio, ao saber que seria preso, Gilberto pediu para ser levado à delegacia, onde afirmou que confessaria tudo.

11h20 - O investigador Willian Krisman Silva Souza afirmou que a cena do crime foi a mais aterrorizante que já presenciou. Ele contou que, ao chegar à casa das vítimas, era possível ver os corpos no chão através da porta de vidro. Após os primeiros levantamentos, os policiais se dirigiram à obra vizinha, onde encontraram Gilberto, que demonstrava nervosismo. O local onde ele dormia tinha vista para a casa das vítimas. Na delegacia, Gilberto confessou que observava a rotina da família e entrou na casa pelo lavabo, alegando inicialmente tentativa de furto, mas acabou atacando Cleci após ser surpreendido por ela.

10h56 -  Ainda de acordo com o delegado, Gilberto ainda teve calma para se lavar no local do crime e esconder vestígios. No interrogatório, o criminoso teria narrado o crime como uma “tranquilidade assustadora” como se estivesse “contando uma pescaria”.   A perícia concluiu que houve conjunção carnal com três das quatro vítimas (a mãe e as duas filhas mais velhas). No entanto, a filha de 10 anos de idade também sofreu abuso. 

A criança foi assassinada por estar chorando, o que poderia chamar a atenção de vizinhos e transeuntes. Apesar disso, o crime não teria sido premeditado.

10h26 - O delegado Bruno França Ferreira relatou como chegou até o autor do crime. Segundo ele, havia várias evidências no local, entre elas marcas de chinelo que ajudaram a identificar o suspeito. No caminho até a obra ao lado da casa das vítimas, o delegado foi abordado por um jornalista que o colocou em contato com uma mulher. Ela informou que seu marido trabalhava na construção e que todos os pedreiros correram para ver o ocorrido, exceto um — um homem de camiseta amarela, o que causou estranheza.

No canteiro de obras, Gilberto foi abordado. Suas respostas eram confusas e ao ser questionado sobre o chinelo, disse que não tinha, mas depois entregou um par que foi analisado por um perito, que confirmou a correspondência com as marcas da cena do crime. Com a confirmação e o histórico criminal de Gilberto, o delegado decidiu pela prisão. Ao ser questionado sobre a motivação, o réu disse que estava drogado. Uma calcinha limpa foi encontrada com os pertences do réu o que foi considerada uma "lembrança" do crime.

10h12 - O delegado de Polícia Civil, Bruno França Ferreira, que atuou na fase de inquérito do caso, foi a próxima testemunha. Ele contou que recebeu a ligação do Corpo de Bombeiros com a informação de que corpos de mulheres haviam sido encontrados em uma residência. Ele relatou que entrou em choque ao chegar no local e proibiu a entrada de qualquer pessoa até a perícia chegar. A análise dos peritos chegou à conclusão de que nada foi roubado e a situação foi descrita como crime sexual e feminicídio “cometidos de forma absurdamente violenta”.

09h52 - Elinara, irmã de Cleci afirmou que permaneceu no local do crime para tentar proteger as vítimas da curiosidade de vizinhos e curiosos que se aglomeravam ao redor da casa. Abalada, ela descreveu a incredulidade ao se deparar com a cena e revelou que, naquele momento, teve a sensação de que o autor dos crimes ainda estaria por perto. A suspeita se confirmou mais tarde, com a prisão de Gilberto na obra onde trabalhava, ao lado da residência das vítimas.

Ao falar de sua irmã, Elinara fez questão de ressaltar a dedicação e o cuidado de Cleci com as filhas. Emocionada, a tia relembrou as personalidades das três meninas. Miliane foi descrita como estudiosa, carinhosa com a avó e cheia de sonhos. Manuela, segundo ela, adorava subir em árvores, andar de bicicleta e estudar. Elinara contou ainda que, ao descobrir o crime, não teve forças para entrar nos quartos das sobrinhas.

09h33 – Regivaldo contou da rotina que tinha com a esposa e filhas enquanto ele viajava. As filhas mandavam mensagens dizendo que estavam indo para a escola. No dia do crime ele telefonou para a escola quando foi informado sobre a ausência delas. Regivaldo também contou sobre como as filhas e esposas eram carinhosas e amorosas. Ele também pediu que Gilberto receba a maior condenação possível pelos crimes cometidos.

9h17 - O juiz Rafael Panichella iniciou a sessão plenária do Tribunal do Júri que julgará Gilberto Rodrigues dos Anjos, réu confesso de estuprar e matar mãe e três filhas em um crime brutal ocorrido no final de 2023. Regivaldo Batista Cardoso, pai da família assassinada é a primeira testemunha a ser ouvida.

O advogado Conrado Pavelski Neto, que representa Regivaldo e as vítimas acredita que a condenação saia na noite desta quinta-feira (7). “Hoje é o dia de a família ter uma resposta, a sociedade ter uma resposta em relação a pena dele”, declarou lembrando que Gilberto confessou e todas as provas estão no processo.

RELEMBRE O CRIME
Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e as filhas dela, Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, respectivamente com 19, 13 e 10 anos de idade, foram encontradas mortas em novembro de 2023. Elas foram vítimas de Gilberto Rodrigues dos Anjos, um pedreiro que trabalhava numa construção ao lado da casa onde a família morava.

Depois de invadir a casa dos Calvi Cardoso, Gilberto esgorjou e estuprou a mãe e as duas filhas mais novas enquanto agonizavam. A mais nova foi morta asfixiada depois presenciar toda a cena. Depois de cometer a barbárie, o assassino voltou para a obra onde estava trabalhando e ainda levou consigo roupas íntimas das vítimas como um "souvenir" do crime.

Ele foi preso dois dias depois, em 27 de novembro, quando os corpos de Cleci e das filhas foram descobertos. Gilberto está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. 

Em março, Gilberto foi condenado a 22 anos e sete meses por estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada pela violência de gênero contra D.C.C. Os crimes aconteceram em Lucas do Rio Verde (332 km da capital) dois meses antes da chacina de Sorriso.

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