Minutos após o final do julgamento de João Arcanjo Ribeiro (62), condenado nessa quinta-feira (24) pela morte do empresário e fundador do jornal Folha do Estado, Sávio Brandão, o advogado de defesa Zaid Arbid, garantiu que irá recorrer da pena de 19 anos de prisão em regime fechado atribuído ao ex-comendador e pedir progressão de regime.
“Eu acho que foi positivo, pois tivemos três votos favoráveis e isso representa muito. Mas vou recorrer porque não existem provas que provem que Arcanjo é o mandante”, argumentou. A afirmação é em referência ao fato de apenas um voto ter culminado na condenação, uma vez que três votaram pela absolvição e quatro pela detenção.
Segundo Zaid, Arcanjo já estava condenado antes mesmo de ser julgado. Ele argumentou que a mídia influenciou na formação de opinião da população em geral, que mesmo sem a conclusão do julgamento, já tachava o ex-comendador como "culpado".
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Já o genro de Arcanjo, Giovani Zen Rodrigues, que acompanhou todo o julgamento sentado ao lado do irmão mais velho do ex-comendador, Belarmin Arcanjo Ribeiro, estava confiante de que o resultado seria pela absolvição.
Em entrevista à imprensa, Giovani enfatizou que a briga agora, será pelo regime semi-aberto. “Nós da família tínhamos pela certeza de um resultado favorável a ele, pois existiam evidências, mas não constam nos autos provas que mostrem que foi Arcanjo o mandante do crime” disse.
Já o irmão expôs que a confiança com que Arcanjo respondia às perguntas que lhe foram feitas também o fez crer que o júri votaria pela absolvição. “Ele estava muito firme, como sempre foi”, comentou.
JULGAMENTO
Cerca de cem pessoas acompanharam o julgamento no plenário do Fórum de Cuiabá. O procedimento começou por volta das 8h30 e foi concluído após 11 horas de interrogatórios e depoimentos, e terminou por volta das 19h30.
Arcanjo respondeu à maioria dos questionamentos. Por algumas vezes, rebateu de forma enfática o que lhe era indagado. O advogado de defesa por diversas vezes intercedia alegando que o réu tinha o direito de permanecer caldo. Ainda assim, o ex-comendador retrucava alguns apontamentos.
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Neste momento do julgamento, a defesa intercedeu após Arcanjo negar a escrita e chegou a alegar que o documento não era válido porque não constava nos autos.
A viúva de Sávio Brandão, Isabela Brandão, esteve no fórum desde o início do julgamento. Ela estava acompanhado do esposo, filho e mãe de Arcanjo, Josefina Paes de Barros Lima. “Foi feita a justiça dos homens”, disse, minutos após a sentença.
Arcanjo deixou o banco dos réus após leitura da sentença e não quis se pronunciar. Ele permanecerá preso na Penitenciária Federal de Rondônia (RO).
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