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Justiça Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 19:04 - A | A

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Terça-feira, 10 de Junho de 2025, 19h:04 - A | A

USINA DE MANSO

Defensoria aciona Furnas por descumprimento de acordo em reassentamento

Ação civil pública pede regularização fundiária e reparação de danos a 600 famílias atingidas há mais de 20 anos

DA REDAÇÃO

A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPEMT) ajuizou uma ação civil pública, com pedido de liminar, contra a Eletrobras Furnas, exigindo o cumprimento de obrigações socioambientais relacionadas à instalação da Usina Hidrelétrica de Manso, que impacta diretamente cerca de 600 famílias reassentadas há mais de duas décadas.

A iniciativa ocorreu após diversas tentativas frustradas de solução administrativa, negociações e denúncias de descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2000. A ação cobra a reparação dos danos ambientais e sociais provocados pela construção da usina, a titulação definitiva das terras das famílias reassentadas, bem como a implementação de programas essenciais, como o de repovoamento do lago e a regularização fundiária.

O processo foi encaminhado ao juiz da Vara Especializada do Meio Ambiente da Comarca de Cuiabá, Carlos Frederico de Almeida, que determinou a realização de uma audiência de conciliação. A sessão será organizada pela Central de Conciliação e Mediação do Fórum de Cuiabá e reunirá representantes da Defensoria Pública, da empresa Furnas, das associações comunitárias e de órgãos públicos, em busca de um acordo para as pendências apresentadas na ação.

As famílias beneficiadas foram reassentadas entre 1999 e 2000 e vivem hoje em agrovilas nos municípios de Chapada dos Guimarães e Nova Brasilândia. Estão distribuídas entre os projetos de assentamento Quilombo, Água Branca, Barra do Bom Jardim, Ribeirão Água Fria, Mamede e Campestre. Mesmo após mais de 20 anos da remoção, essas comunidades ainda enfrentam falta de titulação da terra, infraestrutura precária e ausência de apoio à produção rural.

A defensora pública responsável pela ação, Sílvia Maria Ferreira, afirmou que os impactos da negligência são graves. “Essas pessoas foram realocadas sem nenhuma segurança jurídica. Elas continuam lá, entretanto, sem o respaldo estrutural e social. Precisam da devida regularização de suas áreas, mas o que receberam foi o abandono institucional. Fizemos o pedido liminar, mas ele não foi analisado e agora, o tema será tratado em audiência de conciliação”, declarou.

No pedido liminar, a defensora solicitou que a empresa fosse obrigada a atualizar o licenciamento ambiental da usina, realizar o monitoramento da ictiofauna com plano de piscicultura e comprovar o cumprimento das condicionantes socioambientais pendentes, sob pena de multa diária e outras sanções.

Adalto Tomaz, representante da comunidade de agrovila Serra Azul, colaborou com a ação por meio de relatos e documentos e descreveu a situação de insegurança vivida pelos reassentados. “Vivemos há mais de 20 anos sem saber se a terra é nossa, sem infraestrutura, sem apoio para plantar ou criar. Nada foi entregue como prometeram. Queremos apenas o que nos foi garantido lá atrás”, disse.

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