Olivetto assumiu o cargo no Corinthians quando a função não era disseminada no futebol brasileiro, no começo da década de 1980. A participação dele na criação da Democracia Corinthiana buscava reiterar a imagem da instituição como "clube de todos". O movimento era liderado pelos próprios jogadores, em especial Casagrande, Sócrates e Wladimir, que tomavam decisões internas com votação entre os atletas.
Em 2013, Olivetto recebeu uma homenagem da escola de samba da Gaviões da Fiel. O tema do desfile da escola naquele ano foi a história da publicidade brasileira.
"Nos últimos anos aconteceu muita coisa com o futebol: ele passou a ganhar a conotação de primo-irmão da cultura pop. De repente, e através dos europeus, começa-se a implantar, para os astros de futebol, os seus popstars, números parecidos com os da NBA. Um Ronaldinho ou um Beckham é semanalmente visto no mundo por mais pessoas do que o Bono em uma turnê inteira do U2", analisou sobre a participação de grandes marcas no futebol, ao Estadão, às vésperas da Copa do Mundo de 2006.
"O futebol é o esporte mais miscigenado do mundo. Não só por causa de cada atleta, mas pela mistura da disputa, do contato físico. Essa mistura democratiza e recria a beleza. Muda padrões. De repente, o cabelo arrepiado, o dentão, tudo isso vira um novo signo de beleza. O futebol permite que você seja tão bonito quanto o David Beckham ou o Tévez", falou naquela entrevista.
O Corinthians lamentou, em nota, a morte do publicitário. "Um dos ícones da publicidade, Olivetto herdou a paixão pelo Corinthians de seu tio Armando. O Corinthians se solidariza com a família nesse momento de dor", diz um trecho do texto.
Entre as obra criadas por Olivetto, dois livros abordam o clube. Em "Corinthians x Outros", ele conta partidas fictícias contra times montados por torcedores de outro clubes, como o Santos de Fausto Silva, o Palmeiras de José Serra, o São Paulo de Ricardo Kotscho, o Fluminense de Jô Soares, e o Flamengo de Jorge Ben Jor.
Já em "Corinthians - É Preto no Branco", ele conta a história do clube como se explicasse a paixão pelo Corinthians a um colega norte-americano. A obra também é assinada pelo jornalista corintiano Nirlando Beirão.
Olivetto ficou quase cinco meses internado no Copa Star, no Rio de Janeiro. Foi o hospital que confirmou a morte do publicitário neste domingo e afirmou não ter autorização da família para divulgar mais detalhes.
(Com Agência Estado)
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