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Empreendedor Sexta-feira, 07 de Outubro de 2011, 17:03 - A | A

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Sexta-feira, 07 de Outubro de 2011, 17h:03 - A | A

CASE DE SUCESSO

Guaraná Maués é o segredo dos 23 anos de sucesso da empresa

O estimulante natural faz bem a saúde de quem consome ao ponto de existir uma lei estadual que o torna símbolo de MT

KARINE MIRANDA
[email protected]

Representante da cultura mato-grossense, o guaraná ralado é mais que uma simples bebida, é a regionalidade em um uma fruta. A fruta se tornou tão popular que fez com que a empresa Guaraná Maués se tornasse referência em sua comercialização nas mais variadas formas. Com crescimento espantoso que surgiu paralelo a evolução de Cuiabá, a empresa é hoje um exemplo de que não são necessárias grandes estruturas para ser o melhor no seu segmento.

Diferente de muitas empresas, a Guaraná Maués não teve um começo de atuação marcante. Iniciada por terceiros no segmento de produtos naturais, a empresa só se tornou o que é hoje por causa de Carlos Eduardo Olsson. Antes, o rapaz, que atualmente é o proprietário da empresa, tinha somente 23 anos e muita vontade de mudança. Ele trabalhava com transportadora, mas resolveu mudar de vida e trabalhar por conta própria.

Fotos: Mayke Toscano/Hipernotícias

A convite de seu cunhado, Carlos Eduardo resolve acompanhá-lo em uma sociedade para adquirir uma empresa de produtos naturais, o “Rei do Guaraná”. Modesta, pequena e localizada no centro de Cuiabá, a empresa era simples, mas foi a oportunidade que Carlos precisava para se tornar dono do seu próprio negócio. Com a parceria firmada e pouco sabendo sobre o segmento da empresa, Carlos começou a se aprimorar no conhecimento do produto. Para isso, ele fez viagens para o Amazonas onde compreendeu como era o processo de plantio e produção do guaraná. Isso fez com que ele percebesse a grande oportunidade que possuía em suas mãos. A partir de então, lançaram no comércio a empresa “Guaraná Maués” no dia 4 de julho de 1988.

O nome foi escolhido, pois o guaraná é originário de Maués, uma cidade do Amazonas, e nada mais justo que homenagear o município que provem o principal produto da empresa. A idéia de Carlos com a Guaraná Maués era destiná-la aos turistas, já que, além de produtos naturais, os produtos artesanais também eram bem comercializados.

Carlos conta que a empresa, no início, era o principal ponto de turismo em Cuiabá e por isso a popularização da empresa foi bem grande nesse período. “Antes havia muito movimento aqui na Avenida Isaac Póvoas, pois não havia outros pontos interessantes em Cuiabá. Eramsó o aeroporto e a rodoviária. Além disso, não havia turismo nas cidades próximas à Capital. Chapada dos Guimarães e Poconé eram pouco visitadas na época”, assegura. Com isso, a empresa começava a se popularizar entre moradores de Cuiabá e visitantes.

No entanto, isso não significou que a Guaraná Maués despontasse no mercado de produtos naturais. Ele lembra que no primeiro ano de existência da empresa, ela não caminhava como ele havia planejado. “No primeiro ano de empresa eu me arrependi de ter comprado a loja, mas com todo trabalho, esforço, seriedade e perseverança consegui continuar”, garante.

E foi essa vontade de continuar e crescer que no segundo ano de atuação da empresa fez com que Carlos comprasse a parte que cabia a seu cunhado. Mesmo com poucos recursos para investir na parte da empresa que ainda não lhe pertencia, Carlos resolveu vender o caminhão da transportadora que possuía. Isso para conseguir dinheiro e ser o dono do seu próprio negócio. Com a parte do seu cunhado comprada, Carlos começou a fazer a empresa ser do seu jeito.

MUDANÇAS

Com a Guaraná Maués sob plena responsabilidade de Carlos Olsson, as mudanças começaram a surgir, principalmente porque a empresa já não se mantinha no mercado e nem era tão popular quanto no início de atuação. Antes a empresa fazia parte do turismo cuiabano, mas o desenvolvimento de Cuiabá fez com que a procura dos turistas pelo guaraná diminuíssem. “Com o movimento dos arredores da avenida Isaac Póvoas, começamos a perder o movimento dos turistas e as vendas no balcão do guaraná começou a ser fraca”, lembra.

Na busca por novos clientes, Carlos resolver criar a lanchonete que fica no mesmo prédio da empresa. A iniciativa tinha intenção de vender o guaraná em varejo e não somente por atacado, como era antes. Dessa forma, em 1992, o proprietário começou com a venda de guaraná no balcão. Isso pouco divulgou o guaraná, mas popularizando o “Ricardão”, vitamina que hoje é uma das mais pedidas na lanchonete.

Ainda na tentativa de aumentar as vendas e a comercialização do guaraná, o proprietário Carlos resolveu abrir mais uma loja na tentativa de ampliar o empreendimento. Foi escolhido um terreno na avenida Mato Grosso para que o avanço ocorresse. Assim, em 1999, Carlos abriu mais uma loja Guaraná Maués que durou apenas um ano na ativa. Ele lembra que foi obrigado a fechar as portas pela insegurança que havia na região.

Assaltos eram recorrentes, assim como o prejuízo e o medo de permanecer com a filial da empresa aberta. Assim, a loja teve de ser fechada. “Durante um ano a loja permaneceu aberta. Aquilo era um sonho para mim, por isso que demorei tanto para definir se a mantinha aberta ou se fechava as portas. Mas quando ela foi assaltada mais uma vez a luz do dia, eu resolvi fechar as portas definitivamente”, conta.

Mesmo com grades investimentos em um sonho que finalizou, a empresa não ficou prejuízo. “Talvez eu seja um pouco medroso, ou mesmo pé no chão, mas eu sempre me controlei para gastar só aquilo que eu tinha. Nunca dei um passo maior que a perna. Mas fechar a loja foi uma grande decepção”, ressalta. Embora a desapontamento pela loja ter fechado, Carlos não se deixou abater e continuou a seguir investindo cada vez mais no crescimento da empresa.

INVESTIMENTOS

Um dos principais investimentos que deu um grande impulso ao desenvolvimento da Guaraná Maués foi a compra da máquina para ralar o guaraná em bastão. Isso proporcionou mais eficiência e eficácia na produção do guaraná ralado, além de garantir a qualidade do produto que passou a ser triturado sob o olhar atento do proprietário da empresa. A aquisição foi de grande repercussão que fez com que a empresa ganhasse um selo de inovação tecnológica em 2002. “Isso proporcionou a existência e comercialização por nossa parte do guaraná em bastão, ralado, em pó e a própria semente da fruta”, explica.

Além dessa, compra, Carlos resolveu ir mais além. Criou um projeto para divulgação do guaraná e propôs a Itamaraty, empresa fabricante de açúcar. A idéia planejada era para que houvesse uma parceria de publicidade entre ambas as empresa. Parceira esta que deu certo no seu primeiro ano de implantação. O combinado era a comercialização do guaraná que seria embalado pela Itamaraty com o slogan “O melhor guaraná ralado adoçado pelo melhor açúcar”.

Em 2002, quando isso aconteceu, a empresa deu um grande salto na comercialização do guaraná. O proprietário da Guaraná Maués lembra que, na época, o guaraná foi bem comercializado em Mato Grosso e chegou, até, a ser levado para os Estados Unidos em uma feira em que o aceite do produto foi enorme. “Eu achei que dessa vez iria ficar rico”, desabafa, completando que o projeto chegou ao fim no mesmo ano. “A Itamaraty começou uma reorganização na administração e com os antigos profissionais que foram embora a nossa parceria também foi”, lembra.

Até hoje Carlos Olsson guarda as lembranças do passado que seria o grande futuri da empresa. No entanto, mesmo com todos os percalços pelo qual a Guaraná Maués passou, hoje ela é uma empresa referência quando se pensa em guaraná.

HOJE

Atualmente são comercializadas cerca de cinco toneladas do bastão de guaraná por ano, enquanto no início das atividades da empresa eram, apenas, 200 quilos. A Guaraná Maués conta com apenas seis funcionários e uma estrutura reduzida. Mesmo com o mínimo de estrutura, a empresa ainda estoca o guaraná nas suas mais variadas formas: semente da fruta, o guaraná ralado, em pó e em bastão e comercializa, ainda, produtos regionais como licores, doces, mel e canjinjin, por exemplo.

É interessar ressaltar que a comercialização do guaraná não é tão simples. Carlos explica que a fruta demora 24 horas para sair de Maués e chegar ao Amazonas de barco, mais sete dias de Manaus até Por Velho de balsa e por fim, mais 24 horas para chegar a Cuiabá. Tudo isso se preocupando para que a fruta não receba umidade, pois se isso ocorrer, perde-se a fruta, e o investimento.
Embora a empresa tenha passado por altos e baixos, assim como toda história de sucesso, a Guaraná Maués é mais que um simples local de comercialização do guaraná. É uma forma de relembrar o passado e as raízes culturais mato-grossenses com a vantagem de apreciar um delicioso e estimulante guaraná ralado.

Para Carlos Eduardo Olsson empreender é: viabilizar!

1. Dica para quem quer iniciar um empreendimento

A principal dica é a persistência. As dificuldades sempre existiram e sempre vão existir, por isso persistência é necessário. Além disso, é preciso ter conhecimento do mercado em que o empreendedor está entrando e principalmente, conhecimento do produto com o qual irá trabalhar.

2. O Custo Brasil é realmente um obstáculo para o empreendedor?

É o maior obstáculo. Viramos funcionários do governo. É um absurdo o que são cobrados, principalmente os juros. E se o que nós pagássemos fosse revertido, tudo bem. Mas assim fica difícil sustentar o governo. Nenhuma iniciativa dos governantes é feita para nos ajudar. Eles só apresentam ação para arrecadar dinheiro e quanto mais a empresa é conhecida, mais o governo cobra e fiscaliza.

3. O que é mais importante: dinheiro ou criatividade?

Os dois são importantes. Tanto o dinheiro quanto a criatividade. Um não caminha sem o outro. É preciso dinheiro para implantar a criatividade e a criatividade para fazer a empresa crescer e conquistar o dinheiro.

4. O que é mais difícil: fidelizar um cliente ou conquistar um novo?

Fazer clientes é mais fácil. Qualquer um que estiver passando na avenida e ficar com sede, entra na nossa lanchonete para consumir. O difícil mesmo é manter o cliente, especialmente durante 23 anos. Hoje eu tenho clientes que se tornaram meus amigos e assim que eu quero que continue. Mais que clientes e amigos.

5. Qual o diferencial?

O diferencial é a qualidade de produtos e serviços, além do atendimento. Cliente bem atendido sai de longe para vir a loja comprar. Não há quem não goste de ser valorizado e nós priorizamos essa atenção redobrada ao cliente.

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Álbum de fotos

Fotos: Mayke Toscano/Hipernotícias

Fotos: Mayke Toscano/Hipernotícias

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Haroldo 19/06/2017

Falou, falou e não disse nada! O mais importante ela não explicou: de onde sai esse guaraná? Não ficou esclarecido! Esse guaraná é confiável? Leva inseticida, fungicida? Onde estão as plantas, já que a produção é tão grande? O resto é ti ti ti de comadre. O que o consumidor civilizado quer saber é se esse produto é seguro e livre de qualquer tipo de veneno. Não adiante vir um índio e dizer: produto bom, toma, toma, índio garante. A dona Ka rine contou toda a estorinha de comadres e esqueceu-se de ser objetiva: falou da empresa, da família, das dificuldades, e o produto dona Ka rine e o produto?

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Osvaldo 15/11/2011

A melhor esfirra de carne de Mato Grosso,porque eu conheço MT inteiro.E o melhor guaraná do Brasil,o guaraná produzido pelos indios e descendentes da região de Maués-AM.Parabéns ao Carlos e sua equipe de trabalho!

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Osvaldo 15/11/2011

A melhor esfirra de carne de Mato Grosso,porque eu conheço MT inteiro.E o melhor guaraná do Brasil,o guaraná produzido pelos indios e descendentes da região de Maués-AM.Parabéns ao Carlos e sua equipe de trabalho!

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Léia 14/10/2011

Conheço muito bem essa casa...pois fui uma particpante da loja a onde eu atendia os clientes e realmente é muito bom o guaraná, e uma casa muito procurada...

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Itimara 11/10/2011

Conheço bem o quanto essa família é dedicada e trabalha para divulgar os benefícios do guaraná. Aliás, a esfirra de carne também já é tradição dessa loja. Parabéns!

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Carmen 10/10/2011

Parabéns! Sr. Carlos e a toda sua família. Nada acontece por acaso, mas com fé em Deus , muito trabalho e família unida. Vocês merecem. Sucesso sempre.

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6 comentários

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