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Economia Terça-feira, 24 de Abril de 2012, 08:14 - A | A

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Terça-feira, 24 de Abril de 2012, 08h:14 - A | A

DISCUSSÃO

Aumento do IPI no Brasil é tema de discussões em feira de carros na China

As chinesas que estão há mais tempo no mercado brasileiro optaram por fábricas para escapar do aumento, mas os planos de construção foram acelerados depois que o governo introduziu o novo regime automotivo

FOLHA DE SÃO PAULO

Nas conversas agitadas como o de costume nos pavilhões do Salão de Automóvel de Pequim, duas palavras se destacavam num mar de mandarim e inglês carregado de sotaque: Brasil e IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados).

O aumento no IPI para os carros importados de marcas que não possuem fábrica no Brasil e o novo regime automotivo impostos pelo governo dominaram quase todas as conversas na mais importante feira do maior mercado de carros do mundo.

"É uma decisão muito injusta. A competição é boa para o mercado e o aumento de impostos impede a entrada de novos competidores ou tirar a competitividade de seus produtos", reclama Wayne Liao, diretor regional para a América do Sul da Haima, que adiou novamente a venda de produtos no Brasil, desta vez para o final deste ano.

As chinesas que estão há mais tempo no mercado brasileiro optaram por fábricas para escapar do aumento, mas os planos de construção foram acelerados depois que o governo introduziu o novo regime automotivo.

A Chery está investindo R$ 700 milhões para começar a produzir no Brasil já no final do ano que vem. Segundo Zou Biren, presidente mundial da Chery International, um ano antes do previsto no projeto original.

"O governo determinou o aumento e não tivemos alternativa se não acelerar a construção de nossa fábrica", afirma Biren.

ESTRATÉGICO

O Brasil é considerado estratégico para a montadora. Era o primeiro em vendas fora da China, mas, depois do aumento no IPI, passou a perder para o Irã.

A planta na cidade de Jacareí (SP) será a primeira da marca fora da China e terá capacidade para 150 mil carros por ano.

"Parte da produção, cerca de 20%, poderá ser exportada para outros países do Mercosul e ainda teremos margem, dentro das novas normas, para importar uma boa quantidade de veículos", revela Luís Cury, vice-presidente da Chery Brasil.

Já a Jac, que chegou a rever sua decisão de produzir no Brasil, confirmou que inaugura uma planta em Camaçari (BA) até o final de 2014. O investimento é de R$ 900 milhões e a capacidade para 100 mil carros por ano.

"Com o super IPI, quem não tiver uma fábrica no Brasil não sobrevive", diz Sérgio Habib, presidente do grupo que importa a Jac para o país. Um terço do investimento será feito pela estatal chinesa.

Com o aumento de IPI, Chery e Jac reduziram sua previsão de vendas em 2012 de 60 mil para 30 mil carros e esperam um mercado estável ou até com queda no crescimento.

"Não é só o IPI, a oferta de crédito no Brasil diminuiu em 2012. Os bancos recusavam 20% das fichas de financiamento, hoje estão reprovando cerca de 35% e quase não há mais o parcelamento em 60 meses, no máximo em 48 meses. E no Brasil, o valor da prestação tem mais impacto para o consumidor, e na venda, do que o valor da taxa de juro", avalia Habib.

 

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