Mauricio Barbant/AL |
Diretor de Infraestrutyura da Agecopa, Carlos Brito, fez críticas ao presidente da entidade durante audiência pública na AL |
Apenas o presidente da Agecopa, Eder Moraes, foi ouvido pelo governador nesta segunda-feira (12), sobre o bate boca com o diretor de Infraestrutra da Agência, Carlos Brito. Moraes almoçou com governador, quando aproveitou para expor três alegações, que segundo ele, configuram insubordinação praticada por Brito.
Conforme apurou Hipernotícias, a primeira vez que o diretor teria descumprido portaria interna baixada por Eder, na Agecopa, foi numa reunião de bairro em que Brito teria afrontado posicionamento da presidencia; a segunda “desobediência” teria sido num evento interno na sede da Agecopa e a terceira vez, conforme protocolou Moraes hoje no gabinete do governador teria sido exatamente a audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, há 10 dias.
Para o almoço, Eder também levou a fita com a gravação da troca de farpas. Uma fonte de dentro Palácio assegurou ao Hipernotícas que, indiferente, Silval apenas ouviu a versão do presidente da Agência e logo o liberou.
Sem ouvir Carlos Brito , o governador viajou às 17h30 desta segunda ao Rio de Janeiro para tratar de assuntos relacionados ao gás boliviano junto à Petrobrás e só vai tomar uma decisão depois que retornar ao Estado, o que pode ocorrer somente na quarta-feira (14), já que ainda há outros compromissos oficiais agendados ao chefe do Executivo em São Paulo e Brasília.
“Ele me disse por telefone hoje que só tomaria uma decisão depois que conversasse com os dois”, afirmou o presidente da Assembleia, José Riva (PP).
A reportagem também conversou por telefone com o líder do governo na Assembleia, Romoaldo Júnior (PMDB), que alegou não ter recebido nenhuma orientação do governador para dar encaminhamento junto aos demais parlamentares quanto à situação de Brito, considerando-se que Eder Moraes pediu sua cabeça a Silval e, mesmo se o governador tivesse aceitado, a destituição do diretor teria obrigatoriamente que passar por votação pelo plenário da Assembleia, onde seriam necessários no mínimo 16 votos, de um grupo de 24 parlamentares.
O diretor de Infraestrutura da Agecopa não atendeu às várias ligações feitas pela reportagem e até o fechamento desta matéria não houve nenhum retorno das chamadas.