A secretária de Estado de Educação, Marioneide Klimeaschewsk, juntamente com sua equipe técnica, recebeu na tarde desta quarta-feira (19) uma comissão de alunos representantes da Escola Estadual Nilo Póvoas. Em um diálogo franco e aberto, a secretária ouviu as reivindicações dos alunos e explicou os motivos pela qual a Seduc tomou a decisão de desativar a unidade escolar.
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Conforme a secretária, ao longo dos últimos anos, o número de alunos matriculados na Nilo Póvoas foi reduzido consideravelmente, chegando, em 2019, a atender apenas 126 estudantes no ensino médio. Para o ano letivo de 2020, esse número diminuiu ainda mais, para apenas 94 alunos do 1º e 2° ano.
“Gestão se faz com planejamento e responsabilidade e o que estamos fazendo é otimizar os recursos financeiros e potencializar os espaços públicos, visando melhorar a estrutura física das unidades e a demanda do atendimento aos alunos”, observou a secretária.
A Nilo Póvoas será desativada, mas será oferecido a esses alunos a oportunidade de construir o mesmo projeto político pedagógico, a mesma identidade e protagonismo em outras escolas plenas, entre elas a Antônio Epaminondas, no bairro Lixeira.
A escola Antônio Epaminondas também atende o Ensino Médio Integral e os alunos serão remanejados sem nenhum prejuízo pedagógico, visto que os profissionais da educação também serão direcionados para a mesma unidade. A escola Epaminondas atende cerca de 200 alunos, mas tem capacidade para atender 400.
Outro questionamento dos alunos foi em relação à escola Barão de Melgaço, que está funcionando dentro do prédio da Nilo Póvoas. A secretária explicou que o funcionamento nesse local será provisório, pois a unidade ganhará um prédio novo, que será construído no bairro Dom Aquino. O projeto de construção já está sendo elaborado e a previsão é que o processo de licitação seja realizado ainda no mês de março.
“Ao mesmo tempo em que a Seduc precisa tomar uma decisão de gestão, também fica muito feliz, porque percebe que o protagonismo está sendo bem desenvolvido como projeto político da escola plena”.
Além dos estudantes, também participou da reunião uma mãe de aluno, representando os pais, que compreendeu a situação e os motivos pelo qual a unidade de ensino será desativada. “Estamos muito orgulhosos de nossos filhos, mas entendemos que, apesar de o governo não ter como manter a Nilo Póvoas, escola não vai faltar, pois tem disponível para todos os alunos”.
Centro de Referência
O espaço onde hoje abriga a escola Nilo Póvoas também será reformado. No local vai funcionar o Centro de Referência em Educação Inclusiva Nilo Póvoas. O centro vai atender a todo tipo de inclusão, não somente dos alunos portadores de deficiência, como surdos, mudos e autistas, mas também os alunos que encontram-se sofrendo com bullying, depressão, violência doméstica, automutilação e uma série de fatores que acabam interferindo na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo.
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