O juiz da Vara de Meio Ambiente de Cuiabá, Rodrigo Curvo, determinou a suspensão da retirada das estruturas da Ponte de Ferro sobre o rio Coxipó, prevista nas obras da implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
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A ação do MP leva em conta que a Ponte de Ferro, inaugurada em 1897, é um marco arquitetônico de Cuiabá, com sua estrutura metálica importada da Inglaterra.
Em razão de sua importância histórica, a ponte foi tombada em 1984, o que impede que seja demolida sem a anuência de órgãos públicos. O MP considera que não houve “qualquer preocupação da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo em preservar o patrimônio cultural material e imaterial do povo mato-grossense”.
O juiz concordou com as alegações do MP. “Logo, pelo exposto, vislumbro, no caso, a existência da prova inequívoca e a verossimilhança das alegações apresentadas pelo Ministério Público”, escreveu Curvo.
“Os documentos que acompanham a inicial demonstram a existência da prova inequívoca; a verossimilhança das alegações e o fundado receio de dano irreparável da pretensão do autor a uma medida de urgência, destinada a impedir a retirada das estruturas da Ponte de Ferro e suas fundações originais e a continuidade das obras da marginal de acesso entre as avenidas Beira-Rio e Fernando Corrêa da Costa”, consta na sentença.
O juiz acatou o pedido, impedindo a retirada das estruturas da ponte e de suas fundações originais, bem como a continuidade das obras da marginal de acesso entre as avenidas Beira-Rio e Fernando Corrêa da Costa, até que haja a autorização das pastas de Cultura, depois de ouvida a comunidade.
Em caso de descumprimento da ordem, o juiz fixou multa diária no valor de R$ 5.000.
No passado, a Ponte de Ferro foi uma importante via de acesso entre Cuiabá e a região de Santo Antônio de Leverger. Após anos de abandono, passou por uma restauração em 2006.
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Carlos Nunes 05/12/2014
Seria bom ter construido o VLT, primeiramente só no trajeto Várzea Grande-CPA, aí testado o negócio para ver se funciona mesmo; só depois de testado deveria ser feita a segunda etapa: Centro-Coxipó. Se fizessem isso, é possível que o VLT, na primeira etapa já até estaria pronta. Querer fazer tudo ao mesmo tempo, vai parar a cidade - imaginem ter que abrir a cidade de ponta a ponta, ao mesmo tempo. Acho que o Doutor da UFMT está certo, o custo do VLT vai superar os 3,5 bilhões de reais; e o geólogo que deu um parecer está mais certo ainda, antes de abrir a cidade de ponta a ponta, em certas regiões teria que fazer um estudo geológico. Depois que abrirem a cidade, o que tiveram que gastar vão gastar, senão o negócio fica feio. É igual ao médico que sem saber de nada abre um paciente, e depois que abre é que vê o que tem que fazer. Tá igual a estória que o Datena contou outro dia: de um médico que foi operar o joelho de uma senhora beirando os 80 anos, e na sala de cirurgia não encontrou as anotações (não tinha nada); aí perguntou para a senhora já meio anestesiada: Qual é o joelho "esquerdo ou direito"? E a senhora falou esquerdo. Conclusão: no final descobriu-se que o joelho certo era o direito. E tiveram que operar os dois. O Pedro Taques tem que rever todas as Obras da Copa, VLT, e de duas uma: Ou faz a Obra bem feita, mas bem feita mesma - e para fazer uma obra dessa envergadura, abrindo toda a cidade, e com mais de 33 estações com toda infraestrutura; Ou faz uma porcaria. Todo mundo já sabe que os 1 bilhão e 400 milhões aproximadamente estimados para fazer todo o VLT é cálculo furado - vai ser muito mais.
tito lampreia 05/12/2014
Vamos comer ponte,parar o mundo por uma ponte!!!
2 comentários