A greve dos médicos em Várzea Grande completa hoje (11) um mês e a expectativa é que os profissionais e Secretaria de Saúde cheguem a um acordo amanhã, em reunião proposta pelo Conselho Municipal de Saúde de Várzea Grande. Cerca de 60% dos atendimentos estão sendo realizados no hospital da rede pública do município.
A reunião faz parte da iniciativa do Conselho que pretende avaliar a situação dos andamentos de negociação para finalizar com a greve, especialmente, pelo prejuízo que o movimento causa aos pacientes que estão demorando mais de duas horas para receber os atendimentos.
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Na última tentativa de acordo, realizada no dia 2, o secretário de Saúde, Marcos José da Silva, não compareceu e mais uma vez a reunião foi adiada. No entanto, a assessoria da prefeitura do município assegura que a presença do secretário nesta reunião é certa e que as expectativas são de que a greve seja finalizada, embora não haja informações de propostas a serem apresentadas aos grevistas.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Luiz de Queiroz, lembra que nas pautas de reivindicação dos profissionais se referem ao reajuste salarial que alcance os R$2,5 mil acrescidos de adicionais. Atualmente, um médico em início de carreira no município recebe, em média, R$ 1,9 mil referentes a 20 horas semanais trabalhadas.
Além disso, clareza nas informações dos holerites, adicional por tempo de serviço, funcionamento da maternidade e serviços de endoscopia. O sindicato lembra ainda que em 2011 foi ajustado um acordo entre os profissionais e a prefeitura, no qual seria realizado um pagamento de 1/3 de férias, o pagamento da totalidade da verba indenizatória e pagamento da diferença de piso salarial de setembro de 2010 a abril de 2011, cerca de R$2,4 mil, que nunca ocorreram são algumas das exigências.
Além da reunião realizada dia 2, não houve muitos diálogos entre grevistas e Secretaria de Saúde. A primeira foi no último dia 23, em que a Secretaria emitiu um oficio solicitando aos médicos da rede pública um prazo de 60 dias para realização de um estudo de impacto orçamentário que a aceitação das exigências dos médicos no que se refere a reajuste salarial terá na folha de pagamento da prefeitura.
O documento requeria que os médicos retomassem o trabalho neste período em que o estudo era realizado, no entanto, os grevistas não cederam à tentativa de negociação.
Diante do cenário, a presidente da Sindimed assegura que crê no avanço das negociações, mas não a finalização da greve, como espera a Secretaria de Saúde. "Eu espero que as coisas se resolvam amanhã, mas eu percebo que até agora o único preocupado com a greve é o Conselho, porque até o momento a prefeitura não se manifestou. Sinceramente, não acredito que amanhã a greve se findará, mas vejo como um avanço essa reunião", finaliza a presidente do Sindimed, Elza.
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