As dificuldades encontradas pelos gestores e formadores de Cefapros (Centro de Formadores Profissionais) em Mato Grosso variam de acordo com as particularidades da região. São 15 Cefapros para atender os 141 municípios mato-grossenses. Eles estão distribuídos em cidades polos. Mato Grosso é o único Estado que tem formação em polos.
“Os gestores e formadores de Cefapros querem para o próximo ano, que o orientativo da formação seja elaborado mediante sugestão dos professores orientadores”, declarou Aldna Cássia Fernandes da Silva, superintendente de Formação dos Profissionais da Educação Básica, da Secretaria de Educação do Estado (Seduc).
A grande preocupação dos Cefapros é com os resultados obtidos em sala de aula, que repercute junto aos alunos de Ensino Médio, ao enfrentar o Enem para entrar na universidade.
A diretora do Cefapro de Juara, Edilamar da Silva Brandini, afirma que os gestores e professores estão preocupados com o desempenho dos alunos. “No caso de Juara o trabalho de modo geral está bem avançado. Temos uma escola em Porto dos Gaúchos que tem os alunos que mais aprovam nas universidades públicas brasileiras. Isto é um ganho para os professores”.
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“Estamos nos preparando para no final do ano, fazer um levantamento e mapear as causas e dificuldades”, afirmou.
Os coordenadores dos Cefapros tem essa atribuição de acompanhar o trabalho que está sendo realizado nas escolas. No caso do Cefapro de Juara, engloba quatro municípios: Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gauchos, Tabaporã e Juara.
Existem Cefapros também em Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Confresa, Cuiabá, Diamantino, Juara, Juina, Matupá, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Rondonópolis, São Félix do Araguaia, Sinop e Tangará da Serra. Juntos atendem as escolas dos 141 municípios.
SUPERANDO OS DESAFIOS
A maior dificuldade encontrada tem sido a falta de professores especialistas nas áreas de Física, Química e Biologia. “A formação inicial em licenciatura tem ajudado a combater esse déficit”.
Mirta Grisel Garcia de Kehler, superintendente da Seduc, cada uma das regiões apresenta suas particularidades, com problemáticas diferenciadas.
Os principais desafios nesse caso são as escolas de campo, devido adistância. O Cefapro de Pontes e Lacerda, por exemplo, acompanha Rondolândia. “Tem que sair do Estado, entrar em Rondônia para chegar ao município que fica em Mato Grosso”.
Tem escolas no Xingu, que para chegar lá são 8 horas de barco, mais o percurso de carro. No caso de Alta Floresta, atende escolas indígenas que ficam no Pará. “Eles vivenciam situações bem complicadas”, lembrou Mirta.
Ainda tem Cuiabá, onde são poucos formadores para atender 180 escolas públicas.
Para ser gestor do Centro de Formadores Profissionais (Cefapros) precisa ser professor efetivo da rede, com certo tempo de experiência no cargo (coordenador) que pleiteiam. Não há incentivo para o cargo, invés de 30 horas, trabalham 40h, portanto o que ganham a mais é devido às horas. “O incentivo não é em questão de salário, ganham com a experiência”, revelou Mirta.
O TRABALHO
A conclusão de elaborar o orientativo com a sugestão dos professores orientadores saiu durante o encontro de “Formação Continuada: Integrando Saberes”, realizado semana passada (de 4 a 8) em Cuiabá. O evento é tido como período para refletir a prática das ações e replanejar as ações de formação para todos os profissionais da Educação Básica do Estado. Contou com a participação de 300 pessoas.
Antecedendo o Encontro, os gestores fazem um levantamento das dificuldades que servem para nortear as discussões voltadas para a formação inicial dos profissionais e também da formação continuada. Na prática significa manter os professores informados e qualificados para o trabalho em sala de aula.
Uma vez que muitos deles estão lecionando há muito tempo e precisam de reciclagem para se atualizarem.
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