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Cidades Terça-feira, 30 de Agosto de 2011, 11:55 - A | A

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Terça-feira, 30 de Agosto de 2011, 11h:55 - A | A

TRAGÉDIA

Comerciantes e trabalhadores da Galeria Itália ainda estão chocados com ação trágica de assaltantes

Dona de banca de tapete ficou no meio do tiroteio e por pouco não foi atingida; comerciantes já pensam em mandar retirar os caixas eletrônicos do local

ALIANA CAMARGO
[email protected]

Mayke Toscano/Hipernotícias

Trabalhadora em loja de tapetes  ficou no meio do fogo cruzado; sete projéteis atingiram a bancada

Quase 24 horas depois da tragédia na Galeria Itália, onde quatro pessoas morreram, entre bandidos e seguranças de transporte de valores, clientes e donos de comércios ainda estão chocadas com o ataque ousado à uma escolta armada que abastecia o caixa eletrônico do Banco do Brasil. A ação aconteceu na segunda-feira (29), em Cuiabá.

A dona da banca de tapete, Dercilia Chorro, localizada próxima ao caixa eletrônico, palco da tragédia, estava ainda em pânico e não deu entrevista, mas seu esposo Pedro Chorro disse à reportagem que o assaltante Thiago da Silva, 24 anos, perguntou à sua esposa onde era o caixa, minutos depois ela ouviu os tiros e ficou no meio das balas.

Ele conta ainda que duas pessoas que estavam comprando recarga para o cartão de transporte urbano, quase foram atingidas e pediram abrigo dentro da cabine de revenda.

Os dois assaltantes, Thiago da Silva e  Luiz Fernando Almeida da Silva cercaram o local no momento em que dois vigias iriam abastecer o caixa eletrônico. “Um rendeu um dos vigias por trás e o outro vigia começou a atirar por esta entrada (localizada em frente ao Shopping Três Américas). Minha mulher ficou em pânico, passou por um susto muito grande porque ela estava atendendo dentro da banca de tapetes. Depois  correu para a loja da minha filha que fica aqui em frente”.

 

Mayke Toscano/Hipernotícias

Jefferson de Sousa: "Minha funcionária ficou em pânico. Temo que os clientes se afastem da Galeria"

Os tiros atingiram a banca de tapete, as lojas do corredor, uma televisão que fica próxima ao caixa eletrônico e o box de revenda de recargas para o cartão transporte.

O empresário Jefferson Ronni de Souza Silva, dono de uma loja de produtos infantis, disse que a funcionária tinha ido ao banheiro e quando voltou começou o tiroteio. “Ela me ligou em pânico e disse para eu vir aqui. Quando eu cheguei fiquei chocado com tudo o que tinha acontecido. Fechamos a loja e estamos aqui trabalhando com muita tristeza”, conta o empresário.

Poucas pessoas queriam falar sobre a tragédia de segunda-feira (29). O sentimento era de choque por acontecer em um local em que passam tantas crianças e famílias. O medo dos comerciantes que voltaram ao trabalho normalmente, é que a galeria perca clientes.

“Vamos sentar e nos reunir para tentar rever a situação que está, porque muita gente vai se afastar (da Galeria)”, conta Jefferson de Souza.

Empresários vão exigir que o caixa eletrônico seja retirado da Galeria Itália, já que é a terceira vez que bandidos agem no local.

A Galeria Itália é localizada em um dos bairros de alto poder aquisitivo de Cuiabá, fica há 200 metros de onde mora o governador Silval Barbosa.

VIOLÊNCIA

Teobaldo Witter, representante do Centro de Direitos Humanos henrique Trindade, em Cuiabá, disse que boa parte da população se orienta pelo dinheiro. “É um topa tudo por dinheiro, principalmente em relação aos jovens. Tem jovem que abandona o estudo para conseguir dinheiro. Se arriscam por dinheiro. É um fato que está muito presente”, comenta.

O representante disse que nesse momento de grande crise precisa se rever a situação. “É tão grave que precisa acontecer essas mortes para que a sociedade se empenhe para ter os seus direitos assegurados”, diz Witter.

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Mayke Toscano/Hipernotícias

Mayke Toscano/Hipernotícias

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