A defesa de Tagliaferro apresentou na última segunda-feira, 4, pedido de reconsideração da ordem expedida pelo ministro alegando ter desconhecimento das investigações em curso e ter sido informada do bloqueio das contas bancárias do cliente pela imprensa. Na mesma petição, os advogados solicitaram acesso integral aos autos.
Moraes, porém, negou o acesso da defesa aos documentos alegando haver diligências em andamento. O ministro mencionou um precedente aprovado em 2006 pela Segunda Turma do STF que proíbe o compartilhamento da íntegra dos autos enquanto houver operações em andamento.
"Na mesma decisão que foi determinado o bloqueio de ativos financeiros, chaves Pix e cartões de crédito do requerente, foram deferidas outras diligências, ainda não cumpridas. Portanto, o deferimento do requerimento, neste momento investigatório, se revelaria absolutamente prematuro, em razão da existência de diligências em andamento", justificou Moraes.
O ministro, contudo, não expôs nesta decisão os motivos específicos para manter o bloqueio das contas de Tagliaferro. A ordem de suspensão dos ativos financeiros do ex-assessor foi expedida em um processo sigiloso.
Como mostrou o Estadão, Tagliaferro tem radicalizado os seus discursos nas redes sociais e alinhado essa guinada à extrema-direita com campanhas de pedidos de doação de dinheiro via Pix.
Em abril, Tagliaferro foi indiciado pela Polícia Federal por suposto vazamento de conversas de servidores dos gabinetes de Moraes no STF e no TSE. Atualmente, o ex-assessor de Moraes diz ter ido viver na Itália e afirma ter provas para denunciar a atuação do ministro.
(Com Agência Estado)
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