A denúncia do MP separa os integrantes do CV em três grupos:
principais lideranças, com atuação no Complexo da Penha e seus homens de maior confiança;
gerentes do tráfico local e de localidades coligadas;
soldados do tráfico e outros membros de menor hierarquia.
Entre os denunciados pelo MP no grupo de "principais lideranças" está Carlos da Costa Neves, vulgo "Gardenal", que exerce a função de gerente-geral do tráfico de drogas no Complexo da Penha. A reportagem não localizou a defesa de Neves.
Quem é o Gardenal?
Carlos da Costa Neves nasceu no Rio de Janeiro em 3 de abril de 1995. Segundo o MP, além de gerente-geral do tráfico, ele é responsável por liderar a expansão "violenta e criminosa" do Comando Vermelho na região da grande Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense.
O que diz o MP sobre Gardenal?
Ele exerce chefia sobre a grande maioria dos traficantes, orientando, por exemplo, sobre aquisição de armas de fogo, drones de vigilância e outros acessórios relacionados à manutenção do Comando Vermelho como principal facção criminosa no território. De acordo com a denúncia, o suspeito também se vale de sua experiência de longa data no tráfico de drogas para orientar os novatos sobre como enfrentar com maior eficiência uma possível incursão policial.
Comando para assassinatos
Gardenal emite ordens de execução, orientando como gerentes locais devem lidar com subordinados de modo a manter a disciplina de seus comandados. Como exemplo, os promotores citam que ele demonstra liderança e frieza ao determinar a execução de um soldado do tráfico por estar supostamente "perdendo" carregamento. A orientação é de que o gerente "da boca" o mate na frente de "geral" para dar exemplo aos demais.
Carros de luxo e joias
O suspeito, de acordo com o MP, atua na organização do poder bélico do tráfico de drogas no Complexo da Penha e adjacências, tendo acesso a parte do dinheiro proveniente das operações ilícitas. Fotos obtidas pela investigação mostram Gardenal com armamentos de alto calibre e montantes de dinheiro. "Por conta da posição de liderança exercida na hierarquia do grupo criminoso, ele ostenta carros de luxo e vistosas joias", aponta o documento obtido pelo Estadão.
Tortura transmitida ao vivo em vídeo
A denúncia credita a ele ainda a prática de "punições e tortura contra moradores", organizando os chamados tribunais do tráfico, "com autonomia para determinar a execução de rivais de menor expressão".
Os investigadores afirmam ter tido acesso a um vídeo no qual um homem é "arrastado por um carro, amordaçado e algemado, por alguns minutos, supostamente para confessar participação em uma delação a um grupo rival."
Uma imagem anexada à denúncia mostra que a tortura estava sendo transmitida em vídeo. Segundo os promotores, no final do vídeo aparece chamada de vídeo com o rosto de Gardenal na tela.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
 
            










 
     
     
     
     
     
                 
                 
                 
                 
                






