A cachoeira Véu da Noiva, principal e mais procurado ponto turístico do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, foi fechado nesta segunda-feira, 9, por volta das 14 horas por causa das queimadas. Há pelo menos 15 dias brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMbio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e soldados do Corpo de Bombeiros do Estado lutam contra as queimadas.
Dados apontam que cerca de 13% do parque já foram consumidos pelas chamas. O combate ao fogo fica mais difícil por fatores como o forte calor, baixa umidade do ar e os ventos fortes. O ponto mais crítico das queimadas aconteceu este fim de semana, quando o fogo atingiu o ponto turístico conhecido como Portão do Inferno, às margens da rodovia MT 257, que liga Cuiabá à Chapada dos Guimarães.
O combate ao fogo no local começou no domingo, 8, atravessou a noite, e continua por esta segunda-feira. O fogo se alastra rumo a outro ponto turístico, o Complexo da Salgadeira. As chamas também atingiram propriedades rurais na região das cachoeiras do Marimbondo e Geladeira.
Fumaça e fuligem
Há dias, a capital de Mato Grosso amanhece imersa em uma grande neblina de fumaça e fuligem. O fenômeno é resultado da poluição atmosférica em decorrência das queimadas, principalmente na área do parque e em suas imediações.
Conforme os Bombeiros, há incêndios ativos em cerca de dez municípios. Existem, diz o órgão, condições adversas ao combate e favoráveis ao fogo: Mato Grosso sofre com uma estiagem de 100 dias, com temperaturas oscilando até 41 graus e a umidade, que neste domingo chegou a 7%.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até esse domingo, foram 19.711 pontos de calor. Esse é o pior nível dos últimos nove anos.
(Com Agência Estado)
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