Uma substância conhecida como 7-hidroximitraginina, ou 7-OH, tem provocado alertas das autoridades de saúde nos Estados Unidos devido aos riscos associados ao consumo. Derivado da planta kratom (Mitragyna speciosa), o composto, quando isolado e em forma sintética, apresenta efeitos semelhantes aos de opioides potentes, segundo a Food and Drug Administration (FDA).
A agência reguladora norte-americana emitiu um alerta sobre produtos que contêm 7-OH, comercializados em formatos como comprimidos, gomas, misturas para bebidas e até soluções injetáveis. De acordo com a FDA, esses itens não possuem aprovação para uso medicinal e não atendem aos critérios de segurança exigidos para suplementos alimentares ou alimentos convencionais.
O tema ganhou repercussão após o relato de uma família que decidiu deixar o estado do Arizona depois que o filho, de 21 anos, desenvolveu dependência associada ao uso da substância. Segundo os pais, o jovem adquiriu o produto em um posto de combustíveis, onde a venda ocorre sem prescrição médica. A mãe afirmou que o filho buscava aliviar sintomas de ansiedade após indicação de um conhecido.
A procuradora-geral do Arizona, Kris Mayes, classificou o 7-OH como uma “heroína de posto de gasolina”, ao destacar a facilidade de acesso e os riscos envolvidos. Em comunicado, ela afirmou que o produto age de forma semelhante a opioides sintéticos e que há registros de jovens que desenvolveram dependência após o consumo de itens vendidos legalmente no varejo.
Dados de órgãos de saúde indicam crescimento nos registros de exposição à substância. No Texas, por exemplo, o Departamento de Serviços de Saúde recebeu, até setembro deste ano, 192 notificações relacionadas ao uso de kratom ou produtos contendo 7-OH, número superior aos totais registrados em 2023 e 2024.
Segundo a FDA, além do alto potencial de abuso e dependência, o consumo do 7-OH em concentrações elevadas pode provocar efeitos adversos como ansiedade, depressão, desconforto gastrointestinal, insônia, convulsões e sintomas de abstinência, incluindo dores no corpo, irritabilidade, fadiga e sudorese intensa. As autoridades seguem monitorando o avanço da comercialização da substância e avaliam medidas para restringir sua venda.
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