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A tropa de choque do governo blindou, mais uma vez, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Indústria) e derrubou um convite para que ele falasse ao Senado sobre as suspeitas de possível tráfico de influência relacionado às atividades de sua empresa de consultoria.
Por 8 votos a 5, o convite foi derrubado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.
Os aliados sustentam que as denúncias não envolvem questões de governo.
Entre 2009 e 2010, a P-21 Consultoria e Projetos, empresa da qual o ministro foi sócio, recebeu R$ 2 milhões.
Um dos ministros mais próximos, a presidente Dilma Rousseff pediu empenho da base aliada para evitar a convocação dele. Na semana passada, os governistas já tinham derrubaram convite semelhante na Câmara para ouvir Pimentel.
O líder do PT, Humberto Costa (PE), minimizou as denúncias e afirmou que não há relação com o governo federal. "No máximo, caberia à Câmara de Vereadores convidar ou convocar [ o ministro] por empresas terem relações de prestação de serviços com a prefeitura. Acredito que não tem sentido essa convocação", disse.
Autor do requerimento, o líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que a base desrespeitava acordo de líderes da Casa para pedir esclarecimentos de ministros envolvidos em denúncias. Ele disse que o PT adota postura diferentes abandonando ministro aliados também suspeitos de irregularidades.
"Os ministros do PT são blindados e os demais podem ser jogados ao mar. Eles que se expliquem, se justifiquem. Não há nenhuma razão para rompimento de acordo que existia a convite de ministros denunciados", afirmou.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), negou quebra de acordo. "Qualquer denúncia a respeito de questões públicas, os ministros serão convidados. No caso do Pimentel, já foi dito é uma questão privada. Ele não fazia parte de nenhum governo e qualquer esclarecimento deve ser dado à Receita Federal e à Comissão de Ética Pública da Presidência."
Para o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), os esclarecimentos apresentados por Pimentel não são suficientes.
"Não queremos colocar no ministro Pimentel pecha de corrupto. Queremos esclarecimento. Ele precisa esclarecer se as suas atividades de consultoria têm ou não a ver com suas atividades públicas."
Integrante da base aliada, o senador Ivo Cassol (PP-RO) disse que apoiaria o convite porque outros ministro já foram chamados a explicar denúncias ao Senado. "Ministro que tem medo de vir ao Congresso não pode ser ministro. É preciso dar a mesma igualdade aos ministros."
O senador Pedro Taques (PDT-MT) reforçou o discurso. "Estamos aqui para analisar fatos. Agora, precisamos entender que a Federação da Indústria não é privada, não é padaria, recebe contribuições, recebe dinheiro público. Temos atribuição de investigar e não interessa qual o partido político. Qual prejuízo de um ministro vir conversar com senadores? Os fatos são graves e precisam ser conhecidos."
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