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Artigos Segunda-feira, 03 de Julho de 2023, 08:39 - A | A

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Segunda-feira, 03 de Julho de 2023, 08h:39 - A | A

ROSANA DE BARROS

Somos todas Clara Zetkin

ROSANA LEITE ANTUNES DE BARROS

Dr. Rosana.jpeg

 

Dentre as mulheres precursoras do feminismo está Clara Josefhine Zetkin. Professora, escritora, jornalista e política marxista. A ela devemos conquistas primordiais.

Nascida em Königshain-Wiederaus, na Alemanha, no dia 5 de julho de 1857, teve a sua passagem em 20 de junho de 1933. Cursou direito, passando a ter contato com os movimentos operários alemães (1874). No ano de 1890, pouco tempo após o início da militância, já era reconhecida como referência na organização. Ficou exilada na Suíça e na França no ano de 1882, por conta da proibição do governo Bismark quanto aos movimentos comunistas. Editou nos anos de 1891 a 1917 o jornal “Die Gleichheit”, ou “A Igualdade”, destinado a mulheres operárias, juntamente com a amiga pessoal Rosa Luxemburgo.  

Em razão da época, Clara centralizou suas forças iniciais pelo direito ao sufrágio para as mulheres. Marxista convicta, tinha como imensa preocupação os perigos que o fascismo ocasionaria para as pessoas. Passou a editar livros “clandestinamente” para clamar por equidade, por conta de suas ideias trazerem mudanças drásticas paradigmais. Se filiou ao Partido Social-democrata Alemão (SPD) em 1890. Com o seu ativismo, em 1907, o SPD já contava com 10.500 mulheres, motivo pelo qual conseguiram criar e realizar a Primeira Conferência Internacional das Mulheres Socialistas de Stuttgard, que daria vez à Internacional Socialista das Mulheres, tendo ela se tornado a secretária.

Teve a coragem de expor ideias contrárias à guerra e ao uso de armas em plena Primeira Guerra Mundial, expondo os males do belicismo, posição que a levou a ser uma das idealizadoras e fundadora do Partido Socialdemocrata Independente Alemão (USPD). Se tornou deputada, ocupando diferentes lugares na esquerda alemã. Todavia, com o nazismo, passa a se refugiar na extinta URSS. É dela: “Os trabalhadores não têm nada a ganhar com essa guerra, mas eles estão perdendo tudo o que é querido para eles.” 

É atribuído a Clara Zetkin e a Alessandra Kollontai a criação do Dia Internacional da Mulher, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em Copenhage. Primeiramente, foi comemorado em 19 de março do ano de 1911, sendo posteriormente transferido para o dia 08 de março. A data se tornara importante para a manifestação em prol do voto feminino e da igualdade de gênero.

A escritora e feminista possuía a forte compreensão de que nascer mulher é um desafio. As palavras de Clara Zetkin ecoam com muita ressonância nos dias atuais: “Eu lanço um apelo às mães de todo o mundo! Não haverá um genuíno movimento mundial pela paz sem a participação de todas as mulheres, não apenas as operárias. E de todas as mães. A paz será assegurada quando uma maioria esmagadora de mulheres lutarem e aderirem à causa pela paz, pela igualdade, pela liberdade e pela felicidade de toda a humanidade.”              

(*) ROSANA LEITE ANTUNES DE BARROS é defensora pública estadual e mestra em Sociologia pela UFMT.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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