Neste 25 de agosto, Dia do Soldado, não basta dizer “parabéns”. Não basta compartilhar imagens com frases prontas. Ser soldado é carregar uma missão diária que exige muito mais do que reconhecimento simbólico, exige respeito real, valorização concreta e escuta ativa.
O soldado mato-grossense está onde a sociedade precisa, que é enfrentando o crime, socorrendo vítimas, protegendo comunidades, levando segurança onde o Estado muitas vezes se faz ausente. Está também longe da família, exposto ao risco, com jornadas duras e estrutura nem sempre à altura da responsabilidade que carrega. É um compromisso diário com a vida do outro, que não pode ser invisível diante dos olhos de quem governa.
Mas quem ouve o soldado?
A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar ACS-MT, tem feito dessa escuta uma bandeira. Estamos presentes nas negociações, nos bastidores, nas articulações institucionais e na linha de frente da representação. Lutamos por reajuste digno, por progressão justa na carreira, por condições adequadas de trabalho porque entendemos que servir à população também exige ser respeitado pelas estruturas de poder.
Nas últimas semanas, participamos de agendas oficiais com o Governo do Estado, ao lado de outras entidades representativas. Não fomos para brigar por visibilidade, fomos para lembrar que a valorização da tropa não é um favor, é uma responsabilidade do Estado com quem arrisca a vida todos os dias. A pauta está colocada. Agora é hora de vigilância, pressão legítima e unidade.
E é por isso que esse Dia do Soldado deve ser também uma convocação: soldado que serve, que protege, que entrega tudo por Mato Grosso, precisa também se unir para conquistar. Precisamos estar atentos, organizados e mobilizados. Precisamos cobrar, exigir, participar. Porque quem cala, consente. E quem fala sozinho, não é ouvido.
Neste 25 de agosto, celebramos o orgulho de vestir a farda. Mas também reafirmamos que ela precisa pesar menos nas costas e pesar mais nas decisões de quem governa. Que essa data seja símbolo de honra, mas também de luta. Porque servir é missão. Mas ser reconhecido é direito.
(*) LAUDICÉRIO MACHADO é Presidente da ACS-MT.
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