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Artigos Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011, 00:01 - A | A

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Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011, 00h:01 - A | A

Notícias

José Pedro de Freitas, o médium Zé Arigó, representou a cura e o socorro para milhares de pessoas nos anos de 1950/60 que sofriam as agruras da medicina incipiente e rudimentar praticada no Brasil naquela época. Os hospitais eram precários .......

PAULO LEITE

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José Pedro de Freitas, o médium Zé Arigó, representou a cura e o socorro para milhares de pessoas nos anos de 1950/60 que sofriam as agruras da medicina incipiente e rudimentar praticada no Brasil naquela época. Os hospitais eram precários e os equipamentos clínicos, um recurso só disponível nos grandes centros urbanos.

De Congonhas, Minas Gerais, onde atendia centenas de enfermos diariamente, Arigó começou a chamar a atenção do país com o resultado de suas cirurgias espirituais. Procedimentos complexos eram realizados com utensílios domésticos comuns, tais como facas, colheres e canivetes. A técnica do médium assombrou o mundo.

Em pouco tempo, aquele homem simples, funcionário do IAPTEC (atual INSS), que estudara até o 3º ano primário, ganhava as manchetes e tornava-se uma celebridade planetária. Suas operações mediúnicas curavam desde câncer até problemas ortopédicos.

Zé Arigó foi, então, santificado e, ao mesmo tempo, demonizado.

Cultuado pelos miseráveis, pelos desvalidos e pelos doentes que viviam à margem obscura do sistema público de saúde, o médium foi ridicularizado pelos doutores e perseguido pelo Estado, chegando mesmo a ser preso pelo exercício ilegal da medicina.

Aos 50 anos de idade, Arigó faleceu num acidente rodoviário. Com a extinção de seus dias, também desapareceu das clínicas espirituais a entidade que o protegia, o guia de suas cirurgias, Dr. Fritz, segundo ele, um médico alemão morto na Primeira Guerra Mundial. E, com os dois, foram embora a esperança e o bálsamo da crença na cura para muitos doentes desenganados.

Quarenta anos depois da morte de Arigó, a medicina no Brasil continua no mesmo estágio calamitoso, pelo menos para os mais pobres. Basta assistir cotidianamente nos noticiários de tevê as cenas pavorosas e humilhantes protagonizadas pelos carentes nos prontos socorros de Cuiabá, Várzea Grande e outras regiões do país.

Se não for um milagre, uma intervenção divina, um auxílio espiritual, o paciente morre mesmo. E morre à míngua, largado no chão frio e contaminado de um corredor. Para ele, resta apenas um colchão e a fé.

Não se pode responsabilizar unicamente os atuais gestores pelo caos na saúde, visto que eles são herdeiros de um passivo de erros e equívocos na condução do setor ao longo de décadas. Mas, os futuros prefeitos precisam assumir um pacto político, com propostas claras para minimizar o sofrimento de quem necessita do atendimento público.

Não basta estadualizar, e depois, terceirizar a administração do Pronto-Socorro de Cuiabá, por exemplo, como pretende o governo estadual; é preciso assumir compromissos éticos com a promoção da saúde, investindo na qualidade de vida da população.

De Zé Arigó só restou a lenda; mas, infelizmente, a saúde pública continua a produzir notícias inquietantes.

CONTROLE

Basta gestão... O secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Lamartine Godoy implantou o ponto eletrônico para os funcionários contratados do PS. Agora, em vez de seis, eles trabalham oito horas/dia como determina a legislação. Isto significa mais economia e eficiência no atendimento. Lamartine também está dando ênfase ao controle do estoque do Pronto Socorro.

SHOW

Pré-candidato a vereador em Cuiabá, o jornalista José Marcondes, o Muvuca, elegeu o senador Pedro Taques como o seu adversário, com duras críticas ao parlamentar. Taques, ao invés de ‘fingir de morto’, reagiu, e acabou criando palanque para seu detrator, numa espécie de “reality show” eleitoral.

NEGATIVO

Recente pesquisa do Impec, instituto gerenciado por George Albert, revela que mais de 50% dos entrevistados avaliam negativamente o desempenho da Câmara de Cuiabá. O resultado desde descrédito é que 86% dos eleitores ainda não têm candidato a vereador para o ano que vem. Também pudera...

FAXINA

Em entrevista à Radio CBN, o senador Jaime Campos foi duro com os ex-aliados e disse que a saída dos quatro vereadores do DEM em Várzea Grande foi uma limpeza... “Uma faxina ética”.

RUSSOS

Globaltech: prestem atenção neste nome! É a empresa responsável pela negociação dos equipamentos de segurança russos com o governo estadual. Pode ser a nova dor de cabeça da Secopa.

(*) PAULO LEITE é jornalista e publicitário e escreve para o Diário de Cuiabá e HipeNoticias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Honéia Vaz 26/10/2011

E o que mais me dói é ver o povo renegar suas próprias raízes - o conhecimento sobre chás, por exemplo."Brasileiro cospe em tudo aquilo que é espelho", registra a música e confirmo eu. O governo cuspir em nós e outros mais é de se esperar.Nós em nossa própria inteligência, cultura e raízes é demais! Está na hora das comunidades de bairros resgatar as "farmácias vivas', buscar o parâmetros na UFMT (que os tem, inclusive com ótimos biólogos em MT estudados sobre várias ervas e formas de cultivo, além da Portaria n° 886/GM/MS, 20/04/2011 do SUS e as previsões legais anteriores, de decretos de 2006, portarias de 2008, etc.). Há estudos importantes sobre ervas medicinais na USP,Fiocruz, entre outras, além de laboratórios internacionais. E este é um ativo importantissimo, do aspecto de competitividade internacional. O que importa na verdade e no final? Saúde.E temos muitos meios naturais para recuperá-la, um produto importantissimo para organizar nossas cooperativas SUS-TEN-TA-VEIS na Amazônia, já que ter a erva depende do meio ambiente preservado, gerando emprego e renda e fomentando mais um mercado,que requer também investimento em ciência e tecnologia ou parcerias para tais.

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Honéia Vaz 26/10/2011

Parabéns pela forma como descreveu Zé do Arigó e as cirurgias espirituais fazendo um comparativo com o sistema de Saúde oficial no BRASIL. Não estou aqui para dizer ou atestar sobre Arigó, pois não tive contato com seus pacientes ou métodos, mas quero, a partir de sua colocação, lembrar que nós temos um jogo de forças e interesses (do de laborátórios a religiosos e das categorias médicas) em nosso País, que coloca na berlinda e "amaldiçoa" não somente estas cirurgias e que não separa curandeiros de realmente curadores, mas também condena importantes práticas que deveriam ser oficializadas. É assim com ervas medicinais diversas e com o Padre Renato, e independente dos "tratadores" não médicos, é assim como autohemoterapia, e foi, durante muito tempo, ainda em parte persistindo, com o Mal de Simioto, não reconhecido durante séculos pelos médicos (até que o MS o fizesse depois de muita insistência) e sendo curado por benzedeiras e "curandeiros" com banhos de ervas, uma doença que matou e mata muitas crianças. Médicos diziam que era crendice e também não sabiam curar a doença. Estamos com um sistema flaido, altos custos de medicamentos, quando temos estudos do próprio sistema governamental e faculdades renomadas (para não falar laboratórios internacionais) de plantas que podem ser mais usadas nos tratamentos, inclusive sendo este projeto (LEI mesmo) parcialmente aplicado, certamente por causa dos tais interesses. É o Brasil e seu povo, enfim!

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