Fluxo da comunicação

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A tese clássica do cientista japonês Masaru Emoto, demonstrou como o efeito de determinados sons, palavras, pensamentos, sentimentos alteram a estrutura molecular da água. A técnica consiste em expor a água a músicas, congelá-la e depois fotografar os cristais que se formam com o congelamento. A água que havia sido exposta à música heavy metal não era mais capaz de cristalizar, já após ouvirem as sinfonias de Beethoven, belos cristais foram formados.

A H2O, duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio, é a molécula mais comum neste planeta, e ao mesmo tempo a mais misteriosa. Há quem diga que somos compostos de 70%, outros dizem que, na verdade, somos 99% de água. Logo, se uma música é capaz de afetar uma molécula de água, o que dirá com as células e moléculas do nosso corpo?!

Segundo o biofísico russo e biólogo molecular Pjotr Garjajev, membro da Academia de Ciências da Rússia, as moléculas de DNA são um bioprogramador e bioreprogramador. Elas se

comunicam por meio de campos eletromagnéticos. Isso explica os mecanismos que envolvem o campo mórfico ou ressonância mórfica, como diz o biólogo Rupert Sheldrake, que se manifesta na constelação familiar sistêmica. Nela os representantes acessam dinâmicas e fatos vividos pelos antepassados, muitas vezes desconhecidos tanto pelos representantes como pelo interessado.

Não só, uma rede responsável pela produção de macromoléculas a partir de metabólitos, também se estende para além dos genes, como a rede epigenética. Para Thomas Jenuwein, cientista e biólogo molecular, a epigenética se assemelha à interpretação de um livro (o código genético). Desse modo, tanto o medo de aranhas de um antepassado como um estresse traumático antes de conceber o filho influencia o sistema nervoso das gerações subsequentes. As chamadas heranças transgeracionais, mais conhecidas como psicogenealogia.

Anne Ancelin Schutzenberger, a mãe da psicogenealogia, fez com que uma menina de 4 anos desenhasse o tema de seus pesadelos recorrentes. Era uma espécie de monstro de óculos e máscara. Ao investigar a história familiar, verificou-se que um tio-avô da mãe havia morrido na Primeira Guerra Mundial sufocado por gás mostarda. Fato que a família mantinha segredo.

O trabalho da constelação familiar é acessar memórias celulares e trazer à consciência conflitos e segredos. Ao tomar conhecimento, procede-se os processos de dissolução, elabora os pesos do passado, sem repeti-los e sem sofrê-los, retomando cada um o seu lugar de direito no núcleo familiar.

Dessa forma, conforme diz Bruce Lipton, inventor da epigenética, no livro A biologia da crença, as células e moléculas do nosso corpo determinam apenas uma parte de quem somos, mas eles podem ser reprogramados por palavras, sons, luz e frequências, e, com isso, assumir novos padrões. Assim como, a água e as histórias dos nossos ancestrais.

(*) BRUNA BERTHOLDO é Advogada e Terapeuta facilitadora em Constelação Sistêmica Familiar Individual. Escreve para HiperNotícias às terças-feiras. Instagram: brunabertholdocf / E-mail: [email protected]

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