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Pessoas, em uma metrópole se locomovem de maneiras diferentes, seja no carro, na moto, na bicicleta, à pé, em uma cadeira de rodas, no transporte público, entre outros. E essas pessoas tem o direito de se locomover com facilidade, para o destino que quiser, independentemente do tipo de veículo utilizado. Segundo o conceito de mobilidade urbana. Essas pessoas tem que ser contempladas, e não apenas parte delas.
Analisando os fatos, é fácil perceber que um cadeirante não tem a menor condição de locomoção na capital. Um ciclista tem que praticamente disputar espaço nas ruas e avenidas, sob buzinas e condutas arriscadas de outros motoristas (que ainda veem o ciclista como um intruso, numa demonstração de total desconhecimento do Código de trânsito brasileiro), além de ser pouco apoiado pelas políticas públicas, que pouco investem em ciclovias e ciclofaixas. Mesmo com exemplos assim, a administração pública classifica as obras como de “mobilidade urbana”. Anda que, pelo menos, venhamos a ter futuramente, um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), (que por si só é um exemplo de mobilidade urbana eficiente e sustentável) não vamos adquirir mobilidade, num trânsito que claramente prioriza o transporte motorizado individual.
Voltemos então a falar do mesmo cadeirante citado acima, que será contemplado pelo VLT e toda sua infraestrutura acessível. Mas, será que ele terá condições de sair dos portões da sua casa, atravessar calçadas que mais se assemelham a trincheiras de guerra, tamanho nível de irregularidade? Digamos que ele consiga chegar ao ponto de ônibus (que possivelmente não terá um abrigo da chuva e do sol), será que ele conseguirá utilizar os ônibus da capital, que o levarão até o VLT? E as trincheiras viárias, como estão suas ciclofaixas? E as ciclofaixas existentes(ex: av. das Torres), deixarão de ser ocupadas por pessoas que estacionam irregularmente?
Que me desculpem os idealistas que estão alegres com os “avanços”, mas sob o ponto de vista da mobilidade, estamos vivendo um assustador retrocesso, cujos viadutos e trincheiras contribuirão ainda mais para tornar o trânsito mais hostil para a sociedade. Um espaço fechado para veículos automotores, que as pessoas e bicicletas não têm coragem de enfrentar. a tendência é que nem mesmo os carros consigam se mover pelas nossas ruas.
*RENATO SNOWARESKI GOMES é estudante de Administração, Cicloativista e defensor de cidades mais amigáveis.
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Renato 06/10/2013
Desculpe-me se não compartilho da sua mentalidade, caro Mauro, mas se prestar atenção no texto acima, eu critico a ilusão do termo utilizado. Lógico que as obras são uma melhoria, mas ela não contempla todo mundo. Se você, provável membro da burguesia isolada de tudo e todos gosta de conforto, deve ao menos respeitar quem não dá a mínima para essas frescuras e pedala, não só pra se deslocar, mas pela saúde. E outra, caro desinformado, o problema não é só meu, somos bem mais de 2 mil ciclistas que você provavelmente não percebe, pois está acostumado ao seu "conforto".
MAURO FIGUEIREDO 05/10/2013
OLHA RENATO VOU TE DAR UM CONSELHO - VAI MORAR NAS ALDÉIAS INDIGENAS - LÁ NÃO TEM VIADUTOS, TRINCHEIRAS, PASSARELAS E OUTRAS CONSTRUÇÕES QUE LHE ATORMENTAM. NÓS, A MAIORIA QUE MORA E VIVE NA BAIXADA CUIABANA, APOIAMOS OS INVESTIMENTOS DA MOBILIDADE URBANA EM NOSSA REGIÃO. OU VC QUER QUE O DINHEIRO DOS IMPOSTOS FIQUEM APENAS NO EIXO RIO-SÃO PAULO? VC SABE QUE APENAS UM KM DE METRÔ EM S.PAULO, SEM INDENIZAÇÕES, CUSTA DE 400 A 500 MILHÕES DE REAIS? OS 22 KM DE NOSSO VLT, NÃO PAGA NEM 03 KM DE METRÔ NA CAPITAL PAULISTA. AGORA IMAGINA OS TÚNEIS, VIADUTOS E AS VÁRIAS PONTES ERGUIDAS POR LÁ. A BAIXADA CUIABANA MERECE OS ATUAIS INVESTIMENTOS E AS PESSOAS QUE AQUI MORAM, GOSTAM DO MELHOR E APRECIAM O CONFORTOE UMA BOA QUALIDADE DE VIDA. SE VC NÃO GOSTA, O PROBLEMA É SÓ SEU.
Lopes 05/10/2013
Aproveitando o assunto seria bom a mídia fazer uma visita na Av. das Torres pois tem garagem de venda de veículo usando a ciclovia para exposição de veículos a venda.
Carlos Nunes 04/10/2013
Antes das obras da Copa começarem, bem antes, um Doutor em Mobilidade Urbana deu uma entrevista e disse que tinha um plano de mobilidade urbana para Cuiabá, de ALTA EFICIÊNCIA & BAIXO CUSTO. Mas ninguém lhe deu atenção; afinal de contas a palavrinha "baixo custo" não gostam muito, porque não sobra dinheiro para fazer "coisas", que não vou dizer porque a censura não deixa. Se existisse um governo honesto, sério, pelo menos ia procurar saber como era o plano desse especialista, qual o custo, e até procurar aplicá-lo para economizar o dinheiro que é 100% público. Essa história é parecida com a professora da PUC, que fazendo seu doutorado, entrou nos dados da previdência e descobriu que a previdência nunca teve déficit; ela só deu uma única entrevista na Band (não tenho certeza). Aí descobriram que, em se tratando de contribuições, realmente há déficit; mas o montante de dinheiro que entra na previdência, oriundo, por exemplo, da construção civil, onde para cada prédio, um percentual do valor entra na previdência, não há déficit, há superavit - o negócio é que o governo pega o dinheiro da previdência e aplica em outras áreas, ou seja, dá esmola com o chapéu alheio; todo o dinheiro era para ficar só na previdência. Igual ao Doutor em Mobilidade Urbana, a professora também não foi ouvida para contar essa história para os eleitores.
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