Produtores de soja da região leste de Mato Grosso relatam que a irregularidade climática e o surgimento precoce de pragas estão entre os principais desafios da safra 2025/26, com impactos no desenvolvimento inicial das lavouras e na previsão de colheita.
O 12º episódio da série "MT Clima e Mercado", da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), documentou as condições das lavouras nos municípios de São José do Xingu e Porto Alegre do Norte. Além dos fatores climáticos, os agricultores demonstraram preocupação com a capacidade de armazenamento e a logística para o escoamento da produção.
Em Porto Alegre do Norte, o produtor Guilherme Resende Cruvinel afirmou que veranicos (períodos de estiagem) nas primeiras semanas após o plantio, realizado em setembro, comprometeram o desenvolvimento da soja. "Com certeza interferiu um pouco [no potencial produtivo]", avaliou. Ele também destacou o gargalo logístico da região. "A região ainda tem um gargalo de armazéns, o que vai dificultar e será uma preocupação na hora da colheita", pontuou.
Reginaldo Brunetta, delegado coordenador do Núcleo Araguaia Xingu, observou que o clima mais seco antecipou a incidência de pragas como mosca-branca e percevejo, principalmente nas áreas plantadas mais cedo.
Em São José do Xingu, o produtor Douglas Michels relatou que a instabilidade das chuvas levou à necessidade de replantio em aproximadamente 400 hectares de sua propriedade. "Tivemos algumas áreas de replantio e alguns problemas de estande", explicou. Michels também apontou a mosca-branca como uma das principais preocupações para o restante da safra.
A série segue nesta quarta-feira (17) pelos municípios de Querência, Água Boa e Nova Xavantina para monitorar as condições das lavouras em diferentes regiões do estado.
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