Luiz Roberto de Pina Ribeiro, nascido em 1958 na cidade de Assis (SP), cresceu em meio à tradição familiar da pecuária. Formado em agronomia e produtor rural, enfrentou perdas significativas que o levaram a abandonar temporariamente o cultivo de grãos. No entanto, a trajetória mudou quando percebeu que a agricultura poderia ser um caminho de reconstrução.
Durante anos, Ribeiro viveu em Assis, onde suas terras foram arrendadas para o cultivo de cana-de-açúcar. Na década de 1990, ele e a família iniciaram o plantio de soja, mas as dificuldades da época o levaram a arrendar novamente suas áreas. Diante dos desafios, decidiu migrar para o Mato Grosso.
“Há 30 anos, não tínhamos assistência técnica nem maquinário adequado. Faltavam ferramentas de proteção de crédito e de mercado futuro. O clima e os preços eram obstáculos constantes”, relembra.
Em 1996, acompanhando um cunhado que havia adquirido terras em Paranatinga (MT), Ribeiro chegou à região com o objetivo inicial de auxiliar no manejo do gado. A vocação da terra e o potencial produtivo, no entanto, o motivaram a permanecer. Em 2002, mudou-se definitivamente com a família.
Apesar de ter prometido não voltar a plantar após uma geada que destruiu sua lavoura de milho, Ribeiro encontrou na integração entre lavoura, pecuária e pastagem uma alternativa viável. A produção de soja e milho passou a sustentar o rebanho com qualidade, mesmo em uma região marcada por longos períodos de seca.
“Minha intenção não era plantar soja novamente. Mas ao ver os resultados da integração, mudei de ideia. Hoje, sinto orgulho de ter retomado a agricultura”, afirma.
Atualmente, Ribeiro cultiva com entusiasmo e planeja retomar áreas arrendadas para ampliar a produção. A agricultura, antes deixada de lado, tornou-se parte essencial de sua história. Ele destaca a importância do trabalho no campo, da conexão com a terra e da construção de um legado familiar.
“Acreditar no que se faz, trabalhar com responsabilidade e estar em contato com a natureza são fundamentais para quem deseja construir algo duradouro”, conclui.
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