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Variedades Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 08:15 - A | A

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Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 08h:15 - A | A

Filme lembra roubo histórico às vésperas da reunificação alemã

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O filme O Grande Golpe do Leste, de Natja Brunckhorst, que estreia nesta quinta, 12, se baseia num caso real. Passa-se em 1990, véspera da reunificação da Alemanha. A separação, derivada da derrota na 2.ª Guerra, de fato já havia caído no ano anterior, junto com o Muro de Berlim. Com o fim do muro, era preciso fazer a reunificação da moeda e da economia. Isso significava transformar o desvalorizado marco da Alemanha Oriental no forte Deutsch Mark da Alemanha Ocidental.

Havia um prazo para que os cidadãos da parte oriental fossem ao banco trocar seu dinheiro. O governo passou a estocar em um bunker secreto toda a dinheirama que recolhia e em breve viraria papel pintado. Só que alguns espertalhões descobriram o esconderijo e o saquearam. Afinal, aquelas cédulas teriam valor ainda por alguns dias. E o que fazer com elas senão usá-las a toque de caixa para comprar o máximo possível de mercadorias e em seguida revender o que pudessem?

O roubo só foi descoberto anos depois, quando autoridades monetárias da Alemanha descobriram em suas estatísticas uma grande anomalia na circulação de dinheiro naqueles dias agitados de pré-unificação.

Conhecida por viver a protagonista de Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída, em 1981, a diretora revê o caso real de O Grande Golpe do Leste sob forma de uma comédia em tons humanistas. A decisão parece acertada, fazendo lembrar um filme que deixou sua marca como Adeus, Lenin (2003), de Wolfgang Becker, um ensaio crítico-sentimental sobre a vida na comunista Alemanha Oriental.

O tal assalto ao depósito de dinheiro condenado é executado, não por uma gangue de profissionais, mas por moradores de um bairro operário, ameaçados de desemprego com a desativação da fábrica onde trabalham.

Ferro-velho

A indústria usa maquinário obsoleto e foi perdendo eficiência na combalida economia oriental. Parece um monte de ferro-velho inútil com máquinas da época da Revolução Industrial.

Súbita e temporariamente enriquecidos com os velhos marcos alemães, os ostmarks, que chegam a eles em volumosos sacos, os moradores precisam decidir o que fazer. Se resolvem seus problemas financeiros de forma individual ou, talvez, tentam a solução coletiva de comprar a fábrica, modernizá-la e administrá-la em conjunto.

O dilema entre o individualismo capitalista e a solidariedade socialista se coloca no centro dessa comédia levemente divertida e que conta com um elenco ótimo. Nele, se destaca a ótima Sandra Hüller, que conhecemos por seu trabalho no francês Anatomia de uma Queda. A personagem de Hüller, Maren, é uma mãe de família dedicada e pivô de um trisal problemático, o que conduz a história também aos trilhos da crítica de costumes, indo além da discussão econômica e política.

O conjunto mostra-se bem divertido, em especial porque critica sem debochar de sonhos e utopias, que podem não se realizar na íntegra, mas fazem as pessoas caminhar e viver melhor. Rimos com elas, não delas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

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