A estreia de Krasznahorkai foi elogiada pela Academia Sueca, que o descreveu como autor de "uma obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte". O romance recebeu em 2013 o prêmio de melhor livro traduzido para o inglês.
A história se passa em uma aldeia rural em constante chuva e acompanha a chegada de um homem misterioso, que pode ser um profeta, um vigarista ou o próprio demônio, a um povoado em ruínas. Entre os moradores estão camponeses esfarrapados, um médico alcoólatra que observa os vizinhos, jovens perdidas em um moinho destruído e uma garota com deficiência.
A notícia de que Irimiás, homem dado como morto, está voltando desperta expectativa e medo. À sua espera, as pessoas se reúnem em uma taverna, onde discutem, bebem e dançam ao som de um acordeão.
Em Sátántangó, cada capítulo é construído em um único parágrafo, recurso que intensifica o fluxo de pensamento e o clima de confusão que domina os personagens. A palavra "escuridão" aparece 76 vezes ao longo do texto, reforçando o tom sombrio e denso da história.
A obra também inspirou o cineasta Béla Tarr, que a adaptou em um filme de sete horas e meia, exibido no Festival de Berlim em 1994 e incluído entre as melhores produções de todos os tempos pela revista britânica Sight & Sound.
(Com Agência Estado)
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