Quando se fala em colesterol, a maioria das pessoas já associa a algo ruim. Mas o que nem todo mundo sabe é que o colesterol não é um vilão absoluto, na verdade, ele é essencial para o funcionamento do organismo. No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, o alerta é sobre a importância do equilíbrio entre os dois tipos, o colesterol bom (HDL) e o colesterol ruim (LDL).
De acordo com a médica endocrinologista Helen Matana, que atua no Hospital São Mateus, em Cuiabá, diante do aumento dos casos de doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo, entender essa diferença é fundamental para tomar decisões mais conscientes sobre saúde, alimentação e prevenção.
“O colesterol é uma gordura produzida pelo fígado e obtida por meio da alimentação. Ele participa da produção de hormônios, vitamina D e da estrutura das células. Ou seja, é vital para o corpo, mas, em excesso, pode se tornar prejudicial”, destaca a especialista.
Diferença entre colesterol bom e ruim
Colesterol bom (HDL - Lipoproteína de alta densidade): atua como um "faxineiro" do sangue, removendo o excesso de colesterol ruim e transportando-o volta ao fígado. Ajuda a manter as artérias limpas e saudáveis. Quanto mais alto, melhor, níveis acima de 60 mg/dL são considerados protetores.
Colesterol ruim (LDL - Lipoproteína de baixa densidade): em excesso, se acumula nas paredes das artérias, formando placas de gordura. Esse processo pode causar obstruções nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de infarto e AVC. O ideal é que esteja abaixo de 100 mg/dL em pessoas saudáveis e ainda mais baixo em grupos de risco, como pessoas com diabetes e hipertensão arterial.
Como equilibrar os dois tipos no dia a dia
O valor total de colesterol é a soma do HDL, LDL e outras frações, como os triglicerídeos. Mas atenção, um colesterol total “normal” pode esconder um HDL baixo ou LDL alto. Por isso, o ideal é avaliar cada componente separadamente.
Mudanças no estilo de vida são determinantes para manter os níveis adequados.
Para reduzir o LDL, a orientação é diminuir o consumo de gorduras saturadas, presentes em carnes gordurosas, embutidos, frituras e laticínios integrais, além de evitar alimentos ultraprocessados ricos em gorduras trans. Já para aumentar o HDL, recomenda-se a prática regular de exercícios físicos, o consumo de gorduras boas como azeite, abacate, castanhas e peixes como salmão e sardinha, e o abandono do tabagismo.
O exame de perfil lipídico deve ser feito a partir dos 10 anos de idade, ou antes, caso haja histórico familiar de colesterol alto ou doenças cardíacas. Para adultos, a recomendação é realizar o exame anualmente ou conforme orientação médica.
“Adotar hábitos saudáveis não significa fazer mudanças radicais, mas sim escolher melhor os alimentos, se movimentar mais e estar atento aos sinais do corpo. E isso começa com informação. Entender a diferença entre o colesterol bom e o ruim é o primeiro passo para prevenir doenças e viver com mais qualidade”, conclui a médica.
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