Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Para Wellington Fagundes, Pagot foi afastado e não demitido, e ainda pode voltar ao cargo no Dnit |
Para o presidente do PR de Mato Grosso, deputado federal Wellington Fagundes,o afastamento de Luiz Antonio Pagot do DNIT, diante das denúncias publicadas na revista Veja desta semana, foi acertada, porém podendera que “afastamento não é demissão”.
Fagundes, um dos deputados mato-grossenses mais influentes no Denit e no Ministério dos Transportes, desde o governo Fernando Henrique, alegou que nada pode ser descartado quanto à motivação da queda de Pagot, mas “sinceramente não acredito em guerra interna no PR”.
Ele alegou que ainda não conversou com Luiz Pagot sobre o assunto e que o que sabe foi baseado no que viu na revista.
Informado da declaração de Luiz Pagot a Hipernotícias, de que não aceitará “o jogo do ministro”, se referindo a Alfredo Nascimento, o dirigente de Mato Grosso ponderou que “acho que tudo é possível, sim, vamos esperar as investigações”, disse, reforçando não acreditar em conflito interno.
Conforme Wellington , o que o ministro Nascimento fez se assemelha ao episódio ocorrido com o ex-ministro Henrique Hargreaves [chefe da Casa Civil], no governo Itamar Franco [93], quando houve denúncia parecida com a de agora e, à ocasião, Hargreaves pediu o próprio afastamento no mesmo dia que denúncias foram publicas, mas após apuração, constatou-se a sua inocência, e ele acabou sendo reconduzido ao cargo.
“Dizer que ele [Pagot] foi demitido seria o mesmo que culpá-lo com antecedência, e eu acredito que após a apuração dos fatos, ele possa reassumir o cargo”, arrsicou Fagundes.
O parlamentar emendou dizendo que se o ex-ministro Antonio Palocci, acusado de enriquecimento não comprovado, tivesse se licenciado assim que houve as denúncias, talvez não tivesse caído da Casa Civil.
“Estando o denunciado afastado do cargo, a apuração e elucidação da denúncia se dá de forma mais rápida, há males que vêm pra bem”, completou.
A reportagem de VEJA isenta Nascimento de envolvimento ou até conhecimento dos esquemas de fraude em licitação e cobrança de propina envolvendo o seu ministério, especialmente o Dnit e a Valec, embora coloque o PR como beneficiário e o deputado Valdemar da Costa Neto como chefe do esquema.
Em alguns trechos da reportagem de seis páginas da revista impressa, VEJA revela que há um descontentamento de parte dos parlamentares do PR pelo fato de todos os acertos de propinas serem feitos diretamente a um assessor de Costa Neto, e também que o parlamentar despacharia frequentemente de dentro de umas das salas do Dnit.
Luiz Pagot pretende nessa segunda (04), conceder uma entrevista coletiva no Ministério dos Transportes em Brasília, para se explicar sobre o caso. Ainda não há horário confirmado.
Blairo Maggi, padrinho político da indicação de Pagot para o cargo no Dnit, continua sem falar com a imprensa a respeito do caso.
Leia mais sobre o caso:
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