A contratação de Organizações Sociais de Saúde (OSS) para gerir os serviços públicos do setor em Mato Grosso foi defendida praticamente como uma linha-mestra da gestão estadual pelo governador Silval Barbosa (PMBD) na tarde desta quarta-feira (12). Questionado sobre a contratação deste tipo de entidade até para gerir o Hemocentro, em Cuiabá, o governador assegurou que fará uso da medida de terceirização mesmo diante das resistências que ela sempre provoca.
“Quando você tenta terceirizar, em tudo quanto é segmento, há resistência. Se for preciso, nós vamos resistir também, fazer o que tem que ser feito pra melhorar o atendimento pra população”, sustentou o governador após assinar protocolo de intenções para o setor da agricultura familiar nesta quarta-feira.
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Foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado edital de licitação para a contratação de uma OSS que assine, junto ao Governo do Estado, contrato de gestão para o Hemocentro de Mato Grosso. De imediato, a notícia provocou uma reunião entre entidades representativas de servidores da instituição, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos e Ministério Público para deliberar uma forma de impedir a terceirização da unidade.
Segundo servidores, tem sido sistemático e proposital o sucateamento do Hemocentro há meses de forma a justificar a exploração do serviço por uma entidade terceirizada. Já faltam bolsas de sangue para atender a demanda (leia mais aqui).
Apesar da nota no Diário Oficial, Silval, que chegou de viagem aos Estados Unidos ao meio-dia desta quarta-feira, negou que já esteja em curso a terceirização no caso específico no Hemocentro, mas defendeu a medida com base em experiências já acumuladas pelo próprio governo.
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“Em todos [os serviços] que nós começamos a terceirizar, houve resistência, greve, todo tipo de ações para não haver a terceirização. Hoje você vai a Rondonópolis, você vai a Cáceres, ao Hospital Metropolitano, e o atendimento é outro. Praticamente acabamos com as filas. Hoje tem leitos disponíveis pra cirurgia ortopédica em Rondonópolis, antes tinha uma fila inacabável. Então melhorou, melhorou muito”, enfatizou o governador, assegurando que não haverá demissão de servidores com a implantação da OSS.
REPASSES
Silval também aproveitou para anunciar que quitará a dívida em repasses de verba da Saúde do Estado para com os municípios até o fim do ano. Dizendo-se tranqüilo em relação ao panorama de repasses, afirmou que, no início do ano, o passivo era de aproximadamente R$ 120 milhões; hoje, apenas cerca de R$ 50 mil, calculou. Para ele, o que torna o tema tão polêmico nos últimos dias é apenas o fator “eleições”. “Sempre houve atraso na saúde, a eleição potencializa”, resumiu.
Ainda segundo o governador, a maioria dos municípios tem a cobrar apenas dois meses de repasse, como é o caso de Várzea Grande. O valor referente aos repasses do mês de julho será transferido ao município ainda esta semana, garantiu. Já no caso de Cuiabá, o déficit municipal seria referente ao repasse estadual do mês de agosto.
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Mauricio 13/09/2012
Este cara não tem palavra se for quitar os debitos como prometeu que ia nomear todos os aprovados no ultimo concurso ate junho/2012 este sivai babosa nunca mais...
1 comentários