O servidor público número um do Estado, Silval Barbosa (PMDB), governador de Mato Grosso, vive uma fase tensa na relação com seus cerca de 100 mil outros servidores (ativos e inativos).
Depois de uma greve de quase 70 dias dos profissionais da Educação, que representam mais de 60% do quadro geral de servidores do Estado, desfeita há uma semana, Barbosa já vive o desconforto de outra paralisação: a dos funcionários do Departamento de Trânsito (Detran), um dos órgãos arrecadadores do Estado, que emprega cerca de 930 servidores entre ativos e inativos.
No fim de julho deste ano foi a vez dos cerca de dois mil agentes penitenciários também paralisarem suas atividades em busca de maior respeito à valorização dos servidores.
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Já na pior greve vivida pela sua gestão, a dos professores, Silval ‘patinou’ nas negociações ao ponto de só apresentar sua primeira contraproposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT), 38 dias após o início da paralisação.
Sobraram ao chefe do Executivo dois extremos: o desgaste sofrido com a greve e os louros de ter aprovado uma política que vai permitir que a categoria dobre seu poder real de compra em 10 anos.
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"Algumas conquistas que viraram política nacional, como a inclusão dos funcionários no Plano de Carreira e o espaço da gestão democrática na escola, por exemplo, todo isso só foi conquistado com muita luta e muita greve", argumenta.
Ele acrescenta que o que mais marcou essa greve, foi a persistência e a coragem dos servidores que encararam riscos, como por exemplo, o corte de pontos, que chegou a ser uma ameaça do governo.
GREVE DO DETRAN
A única greve em andamento, atualmente, a do Detran, “é precipitada”, conforme o presidente do órgão, Jean Castrillon, uma vez que o Estado “tem atendido 80% de tudo que vem sendo reivindicado pela categoria”.
Mas no entendimento do Sinetran-MT, o governo tem que dar mais autonomia financeira ao órgão, como por exemplo, disponibilizar ao menos 60% de arrecadação referente às taxas cobradas pelo Detran-MT, o que deixaria nos cofres da própria autarquia, cerca de R$ 120 milhões ao ano. Essa pelo menos é uma das propostas que o Sinetran quer emplacar na Assembleia Legislativa, mas tem encontrado dificuldade para conseguir apoio parlamentar.
A arrecadação de todos os órgãos do Estado, hoje, cai automaticamente na Conta Única, gerida pela Secretaria de Fazenda (Sefaz).
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“Isso sem falar que todas as categorias de servidores do Estado tiveram realinhamento salarial nos últimos dois anos e isso representa a preocupação deste governo com seu quadro de servidores”, avaliou Barreto.
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