O presidente do PSB em Mato Grosso, deputado estadual Max Russi, nesta quarta-feira (24), reagiu à cassação do mandato do deputado federal Neri Geller (PP), aconselhando o progressista a desistir de pleitear o Senado, prevendo um desgaste desnecessário durante toda campanha do progressista.
O socialista ainda declarou que seria impossível reacender a candidatura da médica Natasha Slhessarenko, uma vez que o partido já fechou coligação. No mesmo contexto, avalia que acha muito difícil o recurso de Neri ser aceito pelo Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a cassação.
“Eu não tinha noção dessa ação. Teve esse julgamento lá atrás, mas nem imaginava que tinha essa ação para ser julgada lá. Vejo com bastante surpresa. Muito difícil o recurso, sete a zero. Ainda mais que tem três ministros do STF que fazem parte do TSE. Isso dificulta ainda mais e os três votaram pela cassação”, começou.
“Não tem possibilidade (lançar Natasha). Nós estamos em outra coligação, mas pode haver uma substituição de candidato. Não sei se o Neri vai continuar e recorrer. Se fosse eu, buscaria substituir o candidato. Eu, particularmente, não disputaria (subjudice), muito desgaste”, emendou.
Apesar de não demostrar apoio à candidatura à reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), Max acredita que o atual cenário deixa o liberal bem confortável. A sigla socialista estava tentando emplacar o nome do ex-vereador de Nova Mutum, Diógenes Jacobsen, na segunda suplência de Fagundes, mas o socialista recuou. Com isso, o PL acabou confirmando o nome da ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli, no cargo.
Nesse sentido, reforçou que nunca foi objetivo do PSB insistir na suplência, lembrando que o atual segundo suplente de Wellington, Manoel Motta, nunca chegou a assumir. De acordo com Russi, o foco do PSB é a disputa a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, mirando a representatividade nos respectivos parlamentos.
“Eu acho que facilita (o atual cenário) muito pro Wellington”, cometou.
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ENTENDA
O deputado foi cassado nesta terça-feira por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos termos do voto do ministro relator, Mauro Campbell, os demais ministros da Corte reconheceram que Neri Geller recorreu à prática de abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
Segundo a acusação, o deputado operou esquema de “triangulação monetária” com o filho, Marcelo Geller, entre setembro e novembro de 2018. As movimentações suspeitas chegaram a quase R$ 3 milhões.
Além da cassação, os ministros do TSE determinaram a inelegibilidade de Neri Geller pelos próximos oito anos, o que impede a continuidade de sua campanha eleitoral em 2022.
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