O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, não poupou críticas aos membros do Congresso Nacional quando comentou as propostas que foram levantadas por lideranças partidárias, como a anistia ao crime de caixa dois e a punição a juízes e promotores de justiça por crime de responsabilidade.
A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (30), o projeto de lei com medidas contra a corrupção (PL 4850/16). Porém, com modificações à proposta do Ministério Público.
Para o chefe do Ministério Público Estadual (MPE), a população de Mato Grosso precisa exigir da bancada federal um posicionamento público contrário às medidas.
Prado chegou a conclamar a sociedade a participar do protesto agendado para o dia 4 de dezembro, que está sendo organizado pelo movimento “Vem Pra Rua”, um dos que mobilizaram os protestos que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Eu quero conclamar a população mato-grossense para que vá às ruas e exija dos nossos deputados federais e senadores que eles digam que são contra o caixa dois, que exijam que os senadores e deputados não destruam o Ministério Público, porque existem inúmeros projetos de lei que querem impedir que o Ministério Público continue investigando, pedindo a prisão e colocando atrás das grades esses políticos e gestores que geraram essa crise imensa ao país. Dia 4 é o momento de cada cidadão exigir respeito e moralidade”, disse Prado.
O procurador não foi o primeiro a pedir mobilização. Responsável pelos principais e mais polêmicos processos decorrentes de casos de corrupção em Mato Grosso, a juíza titular da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, utilizou as redes sociais para pedir mobilização e reação social contra as propostas. Em uma gravação de vídeo, a magistrada afirma que as duas medidas são uma tentativa de golpe arquitetada no Congresso Nacional.
O projeto, aprovado 450 votos a 1, segue para o Senado.
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