Vicente de Souza/AMM |
Nico Baracat, secretário das Cidades, apresenta projetos na AMM |
De acordo com a AMM, a pesquisa aponta que o problema econômico tem origem na escassez de oportunidades de empregos nas cidades, que apresentam um alto grau de informalidade. Essa informalidade não significa necessariamente contratos de trabalho sem carteira assinada e sim condições precárias de trabalho. O encontro, que foi coordenado pela AMM, foi realizado no auditório da instituição. O levantamento foi apresentado pelo superintendente da AMM, economista Maurício Munhoz.
De acordo com os dados apresentados, em Várzea Grande, por exemplo, apenas 66% dos entrevistados residem e trabalham na cidade, 24% trabalham em Cuiabá, 2% em outros municípios da região, 5% na região produtora de Mato Grosso e 3% em outras localidades. “Cerca de 1/3 dos moradores trabalham fora da cidade, que está perdendo as características de cidade industrial”, ponderou o palestrante.
O nível de escolaridade é um indicador da desigualdade entre os municípios da região. Em Cuiabá, por exemplo, 21% dos entrevistados se declaram com curso superior completo ou em andamento, uma estatística acima da média nacional. Nos demais municípios o índice variou de 8% a 14%.
O levantamento aponta que existe grande disponibilidade de mão-de-obra na região. Em Cuiabá, por exemplo, os desempregados chegam a taxa de 7% da população com mais de 16 anos, mas em alguns bairros periféricos esse índice pode chegar a 20%, com 80% deles incluídos na faixa etária de 16 a 24 anos.
O levantamento foi feito por amostra de domicílios para identificar a estrutura do mercado de trabalho na região, a partir do perfil de cada município. “O resultado desse estudo poderá subsidiar a elaboração de políticas públicas visando a geração de emprego e renda para a população”, assinalou o presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá.
A pesquisa foi realizada com 8.200 entrevistados, no período de 01 a 30 de abril nas seguintes cidades: Acorizal, Chapada dos Guimarães, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Poconé, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antonio do Leverger, Barão de Melgaço, Rosário Oeste, Várzea Grande e Cuiabá.
PROJETOS
Durante o mesmo evento, o Secretário de Estado de Cidades, Nico Baracat, apresentou os projetos de sua secretaria para os municípios da região metropolitana de Cuiabá. segundo Nico Baracat, as principais ações para a região são a elaboração de plano diretor, levantamento georreferenciado de habitação em área de risco em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com ele, em Cuiabá há três mil residências em áreas de risco. As outras atividades contemplam a elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social, plano municipal de saneamento ambiental, entre outros.
O secretário destacou que a meta é a elaboração dos projetos de saneamento em todos os municípios nos próximos quatro anos. Nico Baracat alertou os prefeitos sobre a necessidade de elaboração de bons projetos para captação de recursos para investimento na região. “Só através dos projetos vamos conseguir recursos para construir cidades melhores para se viver”, assinalou.
O evento conta com a participação de representantes de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nova Brasilandia, Planalto da Serra, Poconé e Rosário Oeste.
REGIÃO METROPOLITANA
Vicente de Souza/AMM |
Presidente da AMM justifica importância da Região Metropolitana de Cuiabá |
Para o presidente da AMM, Meraldo Sá, “um dos papéis da AMM é fomentar o debate e promover ações que incentivem o planejamento e a elaboração de políticas públicas para os municípios. Por isso estamos aqui hoje para discutir meios para garantir o desenvolvimento regional”, assinalou.
O autor da lei que cria a região metropolitana, Sérgio Ricardo, disse que a iniciativa visa a implantação de políticas urbanas com planejamento integrado. Ele ressaltou que as cidades tiveram crescimento muito rápido e desordenado, o que acaba gerando inúmeros problemas sociais e econômicos. “Temos que criar uma sistemática de ação de governo para diminuir as desigualdades”, assinalou.
A abertura da reunião contou também com a presença do presidente do Consórcio Vale do Rio Cuiabá, Valdecir Kemer, do deputado federal Wellington Fagundes, do secretário de Ciência e Tecnologia, Eliene Lima, do prefeito Francisco Galindo, do representante do Sebrae, Roque Zacarias, e da coordenadora do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues, entre outros. (Com informações da AMM)
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Afonso 08/05/2011
Essa pesquisa demonstrou em números ums realidade que os moradores percebem ha anos. Espero que estes dados sejam utilizados para politicas publicas de insentivo.
Afonso 08/05/2011
Interesante o estudo porque evidencia o que ha muito se tem observado na realidade destes municípios. Espero que estes dados sejam utilizados para ações práticas de melhoria.
Paulo Saldanha 07/05/2011
Essa pesquisa da AMM preenche uma lacuna em nossa região, que é um raio-x sobre o desemprego. Quanto ao Nico, estou muito satisfeito em ver seus projetos. ambos estão de parabéns.
3 comentários