A prisão e renúncia imediata do ex-deputado federal Pedro Henry (PP) por conta do envolvimento dele no esquema do Mensalão frustrou o lançamento da pré-candidatura do megaempresário agropecuário Eraí Maggi ao governo do Estado, em 2014.
Mesmo sob a alegação de realização de um seminário no sábado para ”discutir Mato Grosso”, a expectativa da militância progressista era a de que Erai saísse do evento conclamado pré-candidato ao Palácio Paiaguás, o que não passou nem perto de acontecer. A renúncia e prisão de Henry ocorreram na sexta-feira (13).
Visivelmente incomodados com a prisão de sua principal liderança mato-grossense, os dirigentes nacionais e regionais progressistas preferiram fazer coro ao frágil argumento de Erai Maggi: “Pessoas são pessoas, todo partido tem problemas, temo que pensar no PP de agora para frente”.
Nem o próprio empresário, que se filiou à legenda pepista em outubro passado, arriscou discurso de quem pretende entrar na briga pela cadeira número um da política estadual.
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O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, alegou à reportagem do HiperNotícias que “não se definiu, porque não há essa decisão ainda, depende só do Eraí”.
Já o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que também esteve no seminário do PP de Mato o que planejamos, que é empenho para construirmos um partido mais forte, a candidatura do Eraí será uma consequência natural”.
O próprio Eraí Maggi, por sua vez alegou um imbróglio jurídico para assumir, ao meno, o discurso de quem deseja ser governador do Estado.
Suas empresas estariam em seu nome, como pessoa física “e se eu conseguir fazer a transferência e resolver isso juridicamente nesse prazo que temos e que é muito curto, nós vamos trabalhar sim, a candidatura”.
PESQUISA
Na pesquisa de intenção de votos realizada pela KGM e publicada pelo HiperNotícias no dia 6, o nome de Eraí aparece em segundo lugar, num cenário que não considera o primo dele, Blairo Maggi, como candidato. Nesse levantamento ( o segundo cenário) Eraí aparece com 11,3%, atrás somente do senador pedetista Pedro Taques que teve 38,1%, na modalidade pesquisa estimulada.
Já na espontânea, Eraí Maggi aparece apenas com 0,2% na quinta colocação.
O PP de Mato Grosso não aceita que a tese de que tenha escolhido mal a data para o seminário com as presenças do ministro das Cidades e do presidente nacional da sigla, num momento em que se esperava o lançamento da pré-candidatura do Eraí.
A condenação de Pedro Henry quando o evento foi agendado , já tinha sido definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), restando apenas a decretação da prisão do deputado progressista.
“Não escolhemos errado não (a data). O Partido não pode ficar refém de uma decisão do Supremo. O PP é muito maior do que qualquer deputado do partido”, justificou o secretário-geral da sigla progressista, deputado estadual Antonio Azambuja.
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