O deputado federal Nelson Barbudo defendeu que o médico e vereador por Canarana (642 km de Cuiabá), Thiago Bitencourt (PL), suspeito de pedofilia e estupro, renuncie ao cargo no Legislativo. Barbudo disse ao HNT que Thiago "não tem moral" para atuar como parlamentar e, antes que a Câmara o faça, ele deveria se retirar da cena política. O deputado também defendeu a aplicação de pena de morte ou prisão perpétua contra predadores sexuais.
"Ele não tem moral para votar leis que representem a sociedade. Não tem moral mais, acabou. Mesmo que daqui 10, 20 anos ele seja absolvido. A polícia não o prendereia sem nenhma prova, então eu acho que ele deveria renunciar. Não podemos ter no Legislativo uma pessoa que é operária das leis, com atitudes assim", disparou Barbudo à reportagem.
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A Câmara de Canarana decidiu por unanimidade a instauração de comissão processante para cassar o mandato de Thiago. Os vereadores terão 120 dias para concluir o procedimento disciplinar. Caso seja cassado, Thiago perderá os direitos políticos, ficando inelegível por oito anos.
O PL também se movimentou. O presidente da sigla em Mato Grosso, Ananias Filho (PL), que é tio por consideração de Thiago, afastou o vereador do partido. Para Barbudo, a medida foi coerente.
"Ele mesmo deveria se afastar, não esperar ninguém afastar ele, o PL agiu corretamente, é simplesmente condenável", falou o deputado.
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O vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), apresentou moção de repúdio contra Thiago. O documento será votado nesta quinta-feira (5). Em sintonia com Barbudo, Ranalli, que é escrivão da Polícia Federal, acredita que é preciso endurecer as punições a crimes sexuais, imputando a pena de morte ou prisão perpétua.
"Não dá pra entender. Eu sou favorável à pena de morte. O cara que mexe com uma criancinha de dois anos, se confirmar uma barbaridade dessas, um cidadão desses não pode conviver mais entre os cidadãos comuns, ele não passa de um mosntro. Ou, no mínimo, uma prisão perpétua", encerrou Barbudo.
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