Isabel Campos faleceu às 18h15 deste sábado, por neoplasia de endométrio avançada, com metástase, segundo a atestado de óbito assinado pelo corpo clínico da Clínica Oncomed. A equipe que a estava acompanhando clinicamente era da ProClin. Isabel Campos deu entrada no Hospital Santa Rosa no último dia 21, com quadro clínico de pneumonia.
A família anunciou que o velório do corpo da ex-primeira-dama será na Sala Lírios da Capela Jardins, em Cuiabá, com previsão de início ainda esta noite, e o sepultamento amanhã, domingo, às 11h30, no Cemitério São Francisco de Assis, na área central de Várzea Grande. Também está prevista uma Missa de Corpo presente na igreja Nossa Senhora do Carmo (avenida Filinto Muller).
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A ex-primeira-dama lutava havia quase oito anos contra um câncer de útero e ovário, tendo se submetido a várias cirurgias. Em 2010, durante a campanha eleitoral em que o marido de elegeu novamente para deputado federal, a sua cura chegou a ser anunciada, em várias colunas sociais de jornais da Capital.
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Vários familiares da ex-primeira-dama estão no Hospital Santa Rosa neste momento. De acordo o médico João Francisdo de Campos, cunhado dela, desde as primeiras horas deste sábado a família foi avisada pelos médicos para a acompanharem mais de perto, porque seu quadro já era irrversível. Ele acrescentou que seu irmão, deputado federal Júlio Campos, estava com ela no momento do seu falecimento.
Nos últimos dias, Isabel Coelho Pinto de Campos estava se alimentando por meio de sonda, segundo os médicos.
HISTÓRIA DE UMA GUERREIRA
Isabel Campos tinha 66 anos, e nasceu em Cuiabá no dia 09 de outubro de 1946. Aos cinco anos ficou órfã de sua mãe, Escolástica Coelho Pinto. Com a morte da mãe, seu pai, José Pinto, comerciante do bairro do Porto, internou-a juntamente com outras três das quatro irmãs no Asilo e Orfanato Imaculada Conceição, em Poconé, e posteriormente no Colégio Imaculada Conceição em Cáceres, onde fez os cursos primário e secundário.
Retornou a Cuiabá onde concluiu o curso Normal-Magistério, no Colégio Coração de Jesus. Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que viria a ser um dos embriões da Universidade Federal de Mato Grosso, da qual foi uma das fundadoras, conselheira e se aposentou como professora.
Paralelamente ao curso de Letras, montou em um galpão ao lado do ‘bolicho’ de seu pai uma pequena escola que deu o nome de Santa Isabel. Pelos bancos dessa escola passaram figuras que vieram a se tornar proeminentes na vida mato-grossense.
Entre 80 e 81 fez mestrado na UnB. Defendeu tese de mestrado sobre Literatura Mato-grossense.
Em 1973, quando exercia o cargo de delegada de ensino de Mato Grosso, foi convidada pelo então prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos, para assumir a Secretaria Municipal de Educação. Seu espírito de liderança e trabalho despertou a atenção do jovem e solteiro prefeito. Casaram-se no final de dezembro de 1975. Da união nasceram quatro filhos Laura, Consuelo, Júlio Neto e Silvia
PAIXÃO PELA COMUNICAÇÃO
Além das salas de aula e dos livros, Isabel Campos tinha uma grande paixão pela comunicação. Em 1982, participou da implantação e inauguração da Rádio Industrial AM, a primeira de Várzea Grande.
Já em 1989 comandou a reestruturação e modernização do jornal O Estado de Mato Grosso, tornando-o primeiro a ser impresso pelo sistema off set e em cores.
Sob sua direção, em 1992, a TV Brasil Oeste tornou-se a primeira emissora a transmitir sua programação via satélite para todo Mato Grosso.
Nos últimos 2 anos, devido ao tratamento com quimioterapia, não podia ir diariamente a TV Brasil Oeste ou a Rádio Industrial AM mas, mesmo de casa, dirigia as duas empresas, orientando e dando as diretrizes para os coordenadores do dia a dia das emissoras. No início de 2010, orientou de perto a reestruturação da Rádio Industrial AM, tomando as decisões finais e cobrando os resultados. Acompanhou toda a concepção, criação e implantação do Jornal da Tarde na TV Brasil Oeste. (Com informações de Ademar andreola)
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José Antonio Sassioto 02/12/2012
Que Deus a tenha e conforte sua família.
Edesio Adorno 01/12/2012
Em 1.982 fui candidato a vereador pelo PMDB de Pombo, Gilson de Barros, Dante de Oliveira e outros expoentes da velha esquerda. No ano seguinte, o governador Júlio Jose de Campos e sua comitiva visita a cidade para lançar o asfalto da BR 158 e iniciar o processo de interligação de nossa cidade com o resto do estado, notadamente Cuiabá. Na cidade, uma grande festa e um jantar foi oferecido ao governador Julio, sua esposa, Dona Isabel Campos e toda a comitiva. Na falta de profissionais habilitados para servir todos os convivas, fui escalado para ajudar servir o jantar. Ao levar o espeto de churrasco na mesa do governador, a maior gafe de minha vida. O espeto prendeu no cabelo de Dona Isabel. Logo pensei que estaria ferrado. Ledo engano, Dona Isabel foi de uma generosidade impressionante para comigo, mesmo sabendo que eu havia sido um dos mais ferrenhos e petulantes críticos de seu esposo Julio Campos. O tempo passou, a vida me ensinou e, hoje considerado Julio o maior governador da história de nosso estado e dona Isabel um ser humano iluminado dotada de extraordinárias qualidades. Que tenha um bom descanso ao lado do criador e que o mesmo Criador possa consolar toda a família enlutada. Saudades!
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