Reportagem exibida no último domingo (4) pelo Fantástico, da Rede Globo, revela que o Governo de Mato Grosso foi citado nas conversas de celular do cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominguetti. O aparelho foi apreendido na CPI da Pandemia, no Senado Federal, na semana passada.
Dominguetti se apresentava como representante da Davati Medical Supply, empresa com sede nos Estados Unidos e que seria intermediária na venda de imunizantes.
Conforme a reportagem, o conteúdo encontrado no celular ainda está sob perícia, mas algumas conversas indicam que Dominguetti tinha relações com empresas e agentes políticos e estaria atuando na negociação de vacinas contra a Covi-19, com cobrança de comissão de vinte e cinco centavos em dólar.
Além da suposta negociação com Mato Grosso, ele cita o estado do Piauí e o Amapá. Veja a reportagem completa, clicando aqui.
Sobre o assunto, a gestão do governador Mauro Mendes (DEM) enviou nota admitindo que foi procurado por um homem identificado como Helder Mello, por e-mail. Ele se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply, que também é alvo de investigação da CPI.
Segundo o governo, no e-mail endereçado à Casa Civil, Helder Mello oferecia vacinas contra Covid-19 da fabricante Johnson & Johson. Cada dose ao custo de U$ 14, com prazo de entrega de até 10 dias após a assinatura do contrato.Ainda conforme o governo, a proposta não exigia o pagamento antecipado caso o negócio fosse fechado.
Ocorre que o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, solicitou de Helder Carta de Representação da empresa com a fabricante. Sem receber o documento solicitado, o governo afirma que as negociações foram suspensas.
A Davati já negou, após o depoimento de Dominguetti na CPI, que tenha relações com o policial e descartou qualquer autonomia dele para negociar em nome da empresa. Disse também que o único representante brasileiro credenciado para vendas de vacinas seria Cristiano Carvalho. A empresa também disse que não comercializa a AstraZeneca, que a reportagem do Fantástico revelou também ser anunciada por Dominguetti.
VEJA A NOTA DO GOVERNO NA ÍNTEGRA
O Governo de Mato Grosso foi procurado por um representante da empresa Davati Medical Supply, chamado Helder Mello, que encaminhou email para a Casa Civil, em março deste ano, com oferta de vacinas contra a Covid-19 da fabricante Johnson & Johnson.
De acordo com ele, as vacinas seriam oferecidas ao custo de U$ 14 por dose, com prazo de entrega de até 10 dias após a assinatura do contrato. Ainda conforme o email, não seria necessário o pagamento antecipado.
Em resposta à oferta, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, solicitou a Carta de Representação da empresa com a fabricante.
No entanto, o documento não foi apresentado e o Governo não deu sequência a nenhuma tratativa com a empresa.
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